O setor público brasileiro, composto pelos governos federal, estaduais, municipais, além de empresas estatais, registrou déficit primário de 24,6 bilhões de reais em setembro. Os dados foram divulgados na manhã desta segunda-feira, 29, pelo Banco Central (BC).
O rombo foi influenciado pelo resultado do governo central (governo federal, BC e Previdência), que teve déficit de 24,3 bilhões de reais no período. Os governos regionais registraram saldo negativo de 795 milhões de reais. As empresas estatais, por sua vez, tiveram superávit de 466 milhões de reais em setembro.
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o déficit primário do setor público consolidado chegou a 59,3 bilhões de reais, contra 82,1 bilhões de igual período de 2017.
Em doze meses, o setor registrou déficit de 87,8 bilhões de reais – correspondente a 1,29% do Produto Interno Bruto (PIB).
Para o ano, a meta é de um rombo primário de 161,3 bilhões de reais, o quinto resultado consecutivo no vermelho. Mas o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, já afirmou que o governo pode fechar 2018 com performance bem melhor, de um déficit de 125 bilhões de reais.
Dívida
Refletindo a deterioração das contas públicas, a dívida líquida subiu ao patamar de 52,2% do PIB em setembro. Segundo o Banco Central, o resultado teve influência da valorização cambial no mês, que foi de 3,2%. Já a dívida bruta sofreu redução de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior, e agora é equivalente a 77,2% do PIB.