Os shopping centers estão se organizando para contribuir com a logística da imunização ao novo coronavírus no Brasil. Assim como alguns complexos comerciais ofereceram seus espaços recentemente para a realização da testagem para a enfermidade, VEJA apurou que empreendedores pretendem usar as dependências dos complexos para a etapa de proteção. Para isso, seriam usados as áreas dos estacionamentos e alguns espaços internos.
Estuda-se, ainda, a utilização dos espaços como forma de ampliar a capacidade de armazenagem e distribuição das vacinas para Covid-19. Com vasta capilaridade no país (são mais de 584 shopping centers em operação), os complexos são vistos como um ambiente de fácil acesso e, portanto, importante para a etapa de vacinação. Uma proposta conjunta está sendo preparada por parte dos donos dos principais shopping centers e será apresentada ao governo federal.
Os shoppings foram um dos setores mais afetados pelo distanciamento social, tendo inclusive ficado fechados em algumas cidades no início da pandemia. Em alguns lugares, como São Paulo, os estabelecimentos têm horário reduzido de funcionamento. O valor dos aluguéis e a redução de fluxo dos visitantes tem, inclusive, causado desconforto entre lojistas e empreendimentos, e ameaça de disputa judicial.
O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira, 9, que a vacinação no país poderá se iniciar ainda em dezembro ou no início de 2021. Para isso, a farmacêutica Pfizer precisaria obter uma autorização emergencial junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Em entrevista recente a VEJA, a diretora-médica da Pfizer Brasil, Márjori Dulcine, disse que a empresa pretende submeter o imunizante desenvolvido pela farmacêutica em parceria com o laboratório alemão BioNTech às regras da Anvisa em breve. “Estamos analisando os critérios para a autorização de uso emergencial. E temos interesse em entrar por esse caminho também”, disse ela.
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