Sindicato patronal depende pouco do imposto sindical
As entidades patronais contam os recursos do Sistema S (Sesc, Sesi, Senai etc), uma fonte de arrecadação muito maior que o imposto sindical
O imposto sindical representa pouco para o caixa das entidades patronais. Reportagem da Folha de S.Paulo, publicada nesta quarta-feira, informa que o imposto sindical representou apenas 11% do orçamento administrado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
As entidades patronais apoiam o fim do imposto sindical, previsto na reforma trabalhista. Cobrado compulsoriamente de todos os trabalhadores e empresas, o imposto sindical é repassado para sindicatos, federações, confederações de representação de patrões e empregados.
De acordo com a reportagem, as entidades patronais, como Fiesp e Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Fierj) contam com outra fonte de recurso muito maior que o imposto sindical. São as taxas previstas em contratos firmados para gerir o Sistema S (Sesc, Sesi, Senai etc), que arrecadou 16 bilhões de reais em 2016.
Só no ano passado, a Fiesp conseguiu 100 milhões com o repasse dessas taxas, o equivalente a 60% do orçamento da entidade.
As centrais devem se reunir amanhã para decidir agenda de mobilização. Entre as propostas em estudo está uma marcha à Brasília ou a organização de mais uma greve geral. Elas organizaram uma greve geral na sexta-feira passada contra as reformas trabalhista e da Previdência.
O texto da reforma trabalhista foi aprovado na Câmara e agora será analisado pelo Senado. A reforma da Previdência está em discussão em comissão especial da Câmara.