Com restrições cada vez maiores para se deslocarem no ocidente, os oligarcas russos estão buscando jeitos de driblar sanções e conseguir acesso a seus bens, inclusive os que são marcas de luxo e ostentação, como os iates. E a rota de fuga não é nada modesta. Nos últimos dias, foi notado um número crescentes de superiates no Oceano Índico, cruzando entre as paradisíacas ilhas de Seychelles, na África, e as Maldivas, na Ásia.
Os quatro maiores iates de luxo nas Maldivas no momento são de propriedade russa, de acordo com uma análise de dados de navios feita pela Bloomberg. O maior, o Ocean Victory de 140 metros, pertence ao magnata do aço Victor Rashnikov, de acordo com o site SuperyatchFan.com, enquanto outro – o Clio de 238 pés – está ligado ao magnata do alumínio Oleg Deripaska. O Nord, de 465 pés , de propriedade de Alexei Mordashov, outro bilionário do aço, está nas Seychelles depois de partir das Maldivas, mostram os dados. O Sea Rhapsody, do banqueiro russo Andrey Kostin, está indo para a ilha depois de deixar a Turquia em 18 de fevereiro.
Os movimentos acontecem enquanto nações ocidentais miram os bens dos bilionários para minar o apoio da elite financeira russa aos atos de Putin. No discurso feito na última terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que os EUA e seus aliados estão se preparando para apreender os iates , apartamentos de luxo e jatos particulares. Estima-se que 7% a 10% da frota global de superiates seja de propriedade de russos, de acordo com o Superyacht Group.