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Tensão nos mercados: dólar sobe e bolsa cai

Segunda onda da Covid na Europa, crise fiscal no Brasil e eleições americanas respondem pelo mau humor; moeda americana bateu 5,79 reais e bolsa cai 3%

Por Josette Goulart Atualizado em 28 out 2020, 13h32 - Publicado em 28 out 2020, 10h57
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  • Monitor com indicadores do mercado financeiro
    Investidores preocupados com possibilidade de um cenário mais pessimista (Simon Smith/Getty Images/iStockphoto/VEJA)

    A bolsa de valores já abriu caindo, o dólar já abriu subindo. É uma antecipação de um dia que promete agitação. A segunda onda da Covid-19 na Europa com os países anunciando restrições de circulação das pessoas tem sido, por enquanto, o principal motivo para a baixa dos mercados europeus, que estão contagiando o resto do mundo. Na França, a expectativa é de que o presidente Emmanuel Macron anuncie nesta quarta-feira um novo lockdown. Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel já fala em fechar bares e restaurantes. O resultado é que as bolsas da Europa atingiram seu pior patamar desde maio. Junta-se a isso as incertezas na reta final das eleições americanas, a crise fiscal no Brasil, notícias de inflação, a expectativa com o resultado do Copom e o dólar já acordou batendo perto dos 5,80 reais. O Ibovespa na B3 abriu caindo mais de 2%. Às 13 horas, já caía mais de 3%. No mercado americano não está sendo diferente e os principais índices estão caindo.

    Para tentar conter os ânimos, pelo menos no mercado de câmbio no Brasil, o Banco Central teve que realizar um leilão no mercado à vista logo cedo, vendendo US$ 1,042 bilhão. Deu certo, e o dólar baixou dos 5,79 reais para 5,73 reais. Ontem, tinha fechado abaixo dos 5,70. O Comitê de Política Monetária também terá importante papel hoje pois vai decidir sobre os juros básicos da economia, que estão em 2%. A grande expectativa é que haverá manutenção da Selic no atual patamar, mas pode haver alguma sinalização futura diferente. Com juros tão baixos, o capital estrangeiro não tem motivos para vir ao Brasil correr riscos. Assim o dólar acaba ainda mais pressionado e valorizado e começa a contaminar os preços, gerando inflação. Sem estoques por conta do auge do distanciamento social entre abril e junho, a indústria está tendo que produzir a pleno vapor, mas com um dólar 40% mais alto do que no início do ano e alguns setores já estão repassando o aumento de preços. A inflação, inclusive, é outra notícia que tomou conta das manchetes dos últimos dias e deixa o mercado apreensivo. Os preços dos alimentos sobem, mas também de outros produtos como eletroeletrônicos. Isso significaria que a meta de inflação pode ser atingida antes do que se estava previsto, pressionando para que os juros retornem a níveis um pouco mais altos.

    Uma alta da Selic também significaria um aumento do gasto com juros da dívida. Como já existe uma desconfiança sobre como o Brasil pode honrar seus compromissos, os investidores ficam ainda mais avessos ao risco, o que causa pressão para baixa da bolsa e mais aumento do dólar. E o mercado financeiro segue reagindo e se antecipando às notícias. 

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