O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, afirmou nesta quinta-feira, 19, que os EUA e a China assinarão a chamada “fase um” do pacto comercial no início de janeiro. Ele acrescentou que o texto foi totalmente concluído e está passando por uma “enxugada” técnica.
Mnuchin, falando ao canal CNBC, disse que o acordo comercial já havia sido colocado no papel e traduzido e que não está sujeito a nenhuma renegociação.
A primeira fase do pacto foi anunciada na semana passada, após mais de dois anos de negociações comerciais intermitentes, embora nenhuma das partes tenha divulgado muitos detalhes específicos do acerto.
As equipes de comércio da China e dos EUA estão em estreita comunicação, disse Gao Feng, porta-voz do Ministério do Comércio da China, em entrevista a repórteres nesta quinta, acrescentando que não há informações específicas sobre o acordo a serem divulgadas atualmente. “Após a assinatura oficial do acordo, o conteúdo do pacto será divulgado”, afirmou Gao.
Autoridades americanas dizem que a China concordou em aumentar as compras de produtos e serviços dos EUA em pelo menos 200 bilhões de dólares nos próximos dois anos.
Pressão Negativa
A economia da China pode enfrentar uma pressão negativa em 2020 ainda maior do que neste ano, mas o governo adotará medidas para manter o crescimento dentro de uma faixa razoável, disse o primeiro-ministro chinês Li Keqiang, segundo a televisão estatal nesta quinta.
O governo vai se esforçar para estabilizar o crescimento econômico enquanto promove reformas e impede riscos, disse Li. “No próximo ano, o desenvolvimento econômico da China deve encontrar maior pressão negativa e enfrentar uma situação mais complexa”, afirmou. Ele acrescentou que o governo está a caminho de alcançar suas principais metas econômicas este ano apesar das dificuldades.
O crescimento econômico da China desacelerou a 6% no terceiro trimestre, mínima em quase 30 anos, mas a expansão no ano deve ficar dentro da meta do governo de 6% a 6,5%. A China planeja determinar uma meta de crescimento econômica mais baixa em 2020, de cerca de 6%, contando com o aumento dos gastos estatais em infraestrutura para conter uma desaceleração mais intensa, disseram fontes.