Trump e inflação do Fed comandam bolsas no último pregão de maio

Abertura de mercado: Investidores analisam os dados sobre o PIB americano, reduzido na releitura pela perda de fôlego do consumo das famílias

Por Tássia Kastner
31 Maio 2024, 08h26

Donald Trump se tornou ontem o primeiro ex-presidente americano a ser condenado em uma ação criminal nos Estados Unidos. A notícia é sui generis porque Trump também deve ser o primeiro condenado a disputar uma eleição presidencial – e com chances de vencer. Ele tem poucas chances de ser preso, e mesmo que seja, a lei americana não barra condenados de disputar cargos políticos.

Ele deve ser aclamado o candidato republicano na corrida eleitoral deste ano, uma movimentação que já mobiliza as atenções de Wall Street.

Esse é só mais um fator que complica a vida dos investidores nesse tumultuado 2024. Ontem, enquanto a Faria Lima (e parte do Brasil) descansava durante o feriado de Corpus Christi, o mercado financeiro global avaliava a segunda leitura do PIB americano no 2ºTRI. Os dados mostraram que a economia dos EUA avançou 1,3% (na taxa anualizada), menos que os 1,6% registrados na primeira leitura.

Essa desaceleração veio de uma redução dos gastos das famílias, o que pode indicar uma perda de ímpeto na inflação, isso após a percepção generalizada de que os preços estão resistindo em voltar para a meta de 2% ao ano.

Nesta sexta, o dado mais importante será a divulgação do PCE de abril, justamente o índice de inflação usado pelo Fed para avaliar se a política monetária está levando a inflação para a meta. Investidores andam tão arredios com a inflação persistente que já jogaram a aposta do primeiro corte nos juros americanos para novembro, e não mais setembro. Ainda assim, vale lembrar que essa posta muda dia a dia, conforme as notícias avançam.

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Mesmo com as mudanças nas apostas para corte de juros, as bolsas americanas devem fechar o mês com alta robusta. O S&P 500 avança 5,27% até o dia 30. O índice de tecnologia Nasdaq acumula alta de mais de 8%.

Já no Brasil, a história do Ibovespa em maio é catastrófica: o índice acumula queda de 1,43% e está no pior patamar do ano. A última vez que o índice brasileiro havia ficado abaixo dos 123 mil pontos havia sido em novembro do ano passado.

O último pregão do mês tem tudo para ser melancólico. Os futuros americanos começam a manhã em baixa, enquanto o EWZ opera estável. O fim de maio marca o começo do verão do hemisfério norte, quando o período de férias leva a uma queda no volume de negócios em Wall Street. E historicamente as bolsas tendem a fechar o mês em baixa, tanto que consolidou-se no mercado o “sell in May and go away”. Os brasileiros começam a se questionar se essa deve ser a tendência também para o inverno no hemisfério sul.

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Agenda do dia

9h30: Inflação (PCE- Estados Unidos) de abril
19h15: Raphael Bostic (Fed/Atlanta) profere palestra

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