Oferta Consumidor: 4 revistas pelo preço de uma
Continua após publicidade

Uma aeronave sob suspeita

Especialistas ouvidos por VEJA afirmam que as falhas do 737 MAX 8 podem estar relacionadas à troca do computador de controle de voo

Por Alexandre Salvador Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 15h38 - Publicado em 15 mar 2019, 07h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A queda de um avião da Ethiopian Airlines no domingo 10, que acarretou a morte das 157 pessoas a bordo, deixou o mundo inteiro em alerta. Afinal, trata-se do segundo acidente fatal do Boeing 737 MAX 8, a mais recente atualização do consagrado jato de médio porte americano, em menos de seis meses. Em outubro de 2018, um 737 MAX 8 da Lion Air, da Indonésia, também caiu nos primeiros minutos de voo e vitimou 189 pessoas. Apenas uma infeliz coincidência? Talvez não. A investigação sobre o acidente anterior e as informações iniciais sobre o caso da Ethiopian apontam para o mesmo comportamento da aeronave: uma ascensão errática logo após a decolagem. Tudo sugere que houve falha de um sensor que indica o “ângulo de ataque”, ou seja, se o nariz do avião está voltado para cima ou para baixo, e o computador de bordo tentou corrigir um problema que não existia, a despeito dos comandos dos pilotos. Essa função existe para diminuir o risco da “estolagem”, jargão aeronáutico para a perda de sustentação e o início da queda livre do avião.

    Diante da confusão eletrônica, a aeronave fica incontrolável, o que explicaria a queda abrupta dos dois aviões. Especialistas ouvidos por VEJA afirmam que as falhas do 737 MAX 8 podem estar relacionadas à troca do computador de controle de voo. Além disso, a mudança das turbinas por modelos maiores e mais pesados modificou a distribuição de peso do aparelho. Por precaução, autoridades e companhias aéreas ao redor do globo decidiram manter as 387 unidades do 737 MAX 8 (e de seu modelo mais alongado, o MAX 9) em solo até que a fabricante ofereça maiores garantias. No Brasil, apenas a Gol possui aviões desse tipo (são sete ao todo), e ela também decidiu não colocá-los no ar. A Boeing tem mais de 4 500 encomendas do 737 MAX 8, considerado um sucesso de vendas. Mas, após a semana de turbulências, as ações da empresa caíram mais de 11%.

    Publicado em VEJA de 20 de março de 2019, edição nº 2626

    Continua após a publicidade
    carta
    Envie sua mensagem para a seção de cartas de VEJA
    Continua após a publicidade

    Qual a sua opinião sobre o tema desta reportagem? Se deseja ter seu comentário publicado na edição semanal de VEJA, escreva para veja@abril.com.br

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    SEMANA DO CONSUMIDOR

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.