As vendas no comércio varejista subiram 1,2% em junho frente a maio, a terceira alta mensal seguida, segundo divulgou o IBGE nesta terça-feira. A instituição revisou o número divulgado no mês passado, de queda de 0,1% para alta de 0,2%. Com esse resultado, o setor acumula alta de 0,8% no trimestre. O resultado mostra uma recuperação, mas o nível das vendas ainda é baixo.
“Foi o crescimento mais consistente desde 2014, porque não se via desde então 3 meses seguidos de alta [na comparação com o mês anterior]”, disse a gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes, a jornalistas. “A queda nos juros está beneficiando a venda de bens duráveis”, avaliou.
Seis dos oito segmentos apresentaram avanço entre maio e junho, sendo que as principais altas foram registradas em móveis e eletrodomésticos (2,2%), tecidos, vestuário e calçados (5,4%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,7%).
O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, por outro lado, teve recuo de 0,4% no mês. O resultado ocorre após avanço de 1,1% no mês anterior e pressiona para baixo a média global, segundo o IBGE. Outra baixa entre maio e junho foi nas vendas de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,6%).
O desempenho do varejo nos seis primeiros meses do ano, porém, ainda é negativo, com recuo de 0,1% em relação ao mesmo período de 2016. “Houve melhoras no varejo, isso é evidente, mas ainda assim está 8,2% abaixo do pico histórico de novembro de 2014”, disse Isabella.
Varejo ampliado
No varejo ampliado, a alta foi de 2,5% no mês e o resultado. “Veículos e motos, partes e peças registrando avanço de 3,8%, após crescer 2,0% no mês de anterior, enquanto Material de construção mostrou aumento de 1,0% para essa mesma comparação”, diz o IBGE. No semestre o varejo ampliado tem positivo de 0,3%.