WEG divulga resultados e manda recado aos investidores: resultados consistentes diante da incerteza
Companhia catarinense, no entanto, apresentava forte desvalorização na bolsa de valores na manhã desta quarta-feira

A WEG (WEGE3) é uma das empresas potencialmente afetadas pelo tarifaço definido pelo presidente norte-americano Donald Trump. Os Estados Unidos prometem taxar as exportações brasileiras em 50% a partir de agosto. Mas, so far, so good. O negócio com sede em Jaraguá do Sul divulgou nesta quarta-feira, 23, seus resultados do segundo trimestre do ano. E mostrou bons números, apesar da desconfiança do mercado.
O lucro líquido da companhia atingiu 1,59 bilhão neste segundo trimestre – alta superior a 10% em relação ao mesmo período do ano passado. E o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) entre abril e junho chegou a 2,59 bilhões. Novamente, alta em relação a igual período de 2024, desta vez, de 6,5%, de acordo com o relatório de resultados.
O comunicado que acompanha o release de resultados – mesmo sem citar diretamente o tarifaço – mostra também um pouco sobre a visão de futuro da companhia catarinense. “Conseguimos manter o crescimento e a rentabilidade consistente dos nossos negócios, mesmo diante de um cenário político e econômico global marcado por incertezas e alta volatilidade”.
Ainda de acordo com o comunicado, a WEG (WEGE3) diz estar atenta aos riscos e incertezas do mercado, “acreditando que a nossa visão de longo prazo, flexibilidade financeira e constante busca de eficiência operacional são fundamentais para o crescimento contínuo e sustentável da companhia”.
WEG faz parte de setor sensível ao tarifaço
O setor de máquinas e equipamentos, do qual a WEG faz parte, teve volume exportado aos Estados Unidos no primeiro semestre, em dólares, de 2,2 bilhões.
O segmento emprega mais de 400 mil trabalhadores. Os resultados, no entanto, não foram bem recebidos pelo mercado financeiro – o que pode ser um indicativo importante para quem pensa em investir na empresa atualmente. Por volta das 11h15, os papeis desvalorizavam em torno de 4% no Ibovespa, que é o principal índice de referência da bolsa brasileira.
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