A We Company, controladora do WeWork, disse nesta segunda-feira, 30, que entrará com um pedido para retirar sua oferta pública inicial (IPO), uma semana após a startup americana de compartilhamento de escritórios demitir o fundador, Adam Neumann, do cargo de presidente-executivo.
“Decidimos não realizar nossa oferta pública inicial de ações para focar em nossos principais negócios, cujos fundamentos permanecem fortes. Estamos tão comprometidos quanto sempre em servir nossos membros, clientes corporativos e proprietários parceiros, funcionários e acionistas. Temos toda a intenção de operar a WeWork como uma empresa pública e esperamos revisitar os mercados de ações públicas no futuro”, afirmaram os co-presidentes-executivos da WeWork, Artie Minson e Sebastian Gunningham, em comunicado à imprensa.
A desistência do IPO era esperada pelo mercado depois da empresa adiar indefinidamente a oferta inicial, estimada para o mês de dezembro. O IPO da WeWork seria uma das maiores deste ano. Inicialmente avaliada em 47 bilhões de dólares, analistas acreditam que o valor da empresa está mais perto de 15 bilhões de dólares.
A desistência da abertura de capital pressionará a WeWork a garantir financiamento alternativo, já que um contrato de empréstimo de 6 bilhões de dólares com bancos acordado no mês passado dependia de uma venda bem-sucedida de ações de pelo menos 3 bilhões de dólares.
Segundo fontes do setor, a empresa está buscando reduzir sua força de trabalho e desacelerar sua expansão, para economizar e depender menos de novos recursos. A empresa negocia para obter novos aportes de investidores, incluindo o SoftBank, acrescentaram as fontes.
(Com Reuters)