O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será aplicado apenas em formato digital no ano de 2026, quando será abandonada a versão em papel. A novidade começará a ser implementada em 2020 e a digitalização será gradativa. No próximo ano, estudantes de quinze capitais do país terão a opção de realizar 50 mil provas digitais em dois domingos consecutivos em outubro. Não há alterações na realização do Enem 2019.
O Inep (órgão responsável pela prova), entretanto, não esclarece como essa mudança vai acontecer. Ao fazer o anúncio na manhã desta quarta-feira, 3, ele destacou apenas que haverá economia com a impressão de papel, uma vez que na edição de 2019 mais de 10,2 milhões de provas serão neste formato.
De acordo com o calendário, em 2020 o Enem terá duas aplicações: a digital, nos dias 11 e 18 de outubro, e a regular, nos dias 1º e 8 de novembro. Uma reaplicação, em papel, acontecerá em dezembro para os estudantes prejudicados por problemas logísticos com a versão digital. Os resultados serão divulgados de forma conjunta.
Já em 2021, serão feitas duas aplicações digitais em datas distintas, também opcionais, como forma de aprimoramento do ano anterior. Será mantida a aplicação regular e a reaplicação em papel. Entre 2022 e 2025, segundo o Inep, o “Enem Digital” será aprimorado, ainda de forma opcional aos participantes. Em 2026, no entanto, a previsão é que não haja mais prova em papel e que o Enem aconteça em várias datas ao longo do ano.
Segundo o Inep, os preparativos para a aplicação piloto no ano de 2020 já começaram, “com o desenvolvimento ou aquisição da plataforma digital e desenho da aplicação a partir de dados coletados pelo Censo Escolar”. O órgão informa que, com a digitalização, o Enem permitirá a utilização de questões com vídeos, infográficos e games.