O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta sexta feira, 26, que as escolas da rede estadual terão quatro períodos de férias escolares, com redução do recesso no mês de julho. Em vez de um mês de férias no meio do ano, professores e alunos terão, a partir de 2020, apenas quinze dias de descanso no período.
Os outros quinze dias serão distribuídos da seguinte forma: uma semana em abril e outra em outubro. O governo não detalhou em quais semanas desses meses ocorrerão os recessos.
O governador apresentou uma justificativa econômica para a mudança. Segundo Doria, os períodos extras de férias podem estimular o turismo. Um estudo feito pela Secretaria de Turismo teria apontado um impacto econômico de 5 bilhões de reais para os municípios nos próximos três anos com a mudança. Eles estimam que 12 milhões de pessoas, entre alunos, professores e seus familiares, possam viajar nesses períodos de férias.
Segundo o secretário da Educação de São Paulo, Rossieli Soares, a mudança tem como objetivo a melhoria do processo de aprendizagem. “Estudos mostram que períodos muito longos fora da escola atrapalham a aprendizagem, porque a criança demora a voltar ao ritmo”, afirmou.
O secretário disse esperar que a mudança seja adotada também pelos 645 municípios do estado, já que a integração dos calendários é importante para a administração direta, transporte e merenda, que muitas vezes são feitos em parceria nas redes estaduais e municipais. Para ele, a integração também ajuda professores que atuam em redes diferentes e pais que têm filhos em diferentes escolas.