A volta da Disney da China: medição de temperatura e app do governo
Com entradas esgotadas, parque recebeu 24.000 pessoas em seu primeiro dia pós-quarentena
Quando a Disney de Xangai abriu os portões nesta segunda-feira, às 9h30 no horário local, os visitantes estavam animados. Mas os sorrisos costumeiros de quem adentra o mundo mágico do Mickey Mouse se escondiam atrás de máscaras. O parque chinês fechou as portas em janeiro por causa da pandemia de coronavírus, e é o primeiro da rede a reabrir. A volta foi marcada por ingressos esgotados e regras ferrenhas de segurança.
Para entrar no local, os ingressos foram previamente adquiridos online. No portão, os visitantes tiveram a temperatura medida e, em seguida, foram recebidos pelos funcionários ao som da clássica When You Wish Upon a Star, trilha sonora de Pinóquio. Com capacidade para até 80.000 visitantes, a atração limitou o acesso a 24.000 pessoas para evitar grandes aglomerações. O resultado foi um dia sem filas. “Conseguimos aproveitar todas as atrações ao menos uma vez. Isso é muito bom”, contou um dos visitantes à agência Associated Press.
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Clique e AssineLá dentro, marcações nas calçadas e nas filas delimitaram a distância de segurança. Enquanto os brinquedos receberam apenas um grupo por vez, para evitar que desconhecidos ficassem próximos uns dos outros, atividades como a área de recreação infantil e shows em ambientes fechados continuam suspensos – assim como as tradicionais paradas e shows noturnos. Os visitantes ainda tiveram que apresentar um aplicativo do governo de Xangai, que contém informações sobre a saúde de cada um e mapeia os contatos próximos dos visitantes, para verificar a chance de exposição ao vírus.
Os demais parques da Disney seguem fechados e sem previsão de reabertura. De acordo com o site Hollywood Reporter, as atrações deixaram de arrecadar cerca de 1 bilhão de dólares no primeiro trimestre de 2020. Até o fim de março, a gigante do entretenimento registrou uma queda de 1,4 bilhão de dólares em receitas. “Esperamos que esta reabertura seja um feixe de luz para o mundo e dê esperança e inspiração a todos”, disse o presidente Joe Schott ao site USA Today.
Primeiro epicentro da pandemia, a China não registra mortes por coronavírus há três semanas. Segundo os dados oficiais, na primeira semana de maio, o país registrou doze novos casos da doença. No total, foram 82.886 infectados e houve 4.633 óbitos oficiais desde o primeiro registro do vírus, em novembro.