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A teoria física que melhora o posicionamento (e o sucesso) no basquete

Modelo permite determinar quais jogadores estão bem ou mal posicionados e aumentar a probabilidade de bons resultados

Por Diego Alejandro
Atualizado em 10 mar 2023, 16h50 - Publicado em 10 mar 2023, 16h49
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  • Esta semana, a American Physical Society realizou sua reunião em Las Vegas, mas o que chamou a atenção foi a palestra intrigante ministrada pelo estudante de doutorado Boris Barron, da Cornell University. Ele descreveu o uso da teoria funcional de densidade – originalmente desenvolvida para estudar o comportamento de grandes coleções de elétrons – para sugerir o melhor posicionamento para cada jogador na quadra de basquete, se quiserem aumentar sua probabilidade de marcar ou defender com sucesso.

    Barron usou dados das posições dos jogadores nas partidas da NBA (National Basketball Association), principal liga profissional de basquete da América do Norte, desta temporada para desenvolver seu modelo e foi capaz de prever para onde um determinado jogador pode ir em seguida, bem como determinar se cada atleta estava bem ou mal posicionado.

    “Podemos ver exatamente onde um jogador deve estar para ajudar seu time, e esses poucos metros podem resultar em uma diferença de até 3% (no sucesso)”, disse Boris. “Nesses jogos de alta pontuação, três pontos em 100 é muito para um jogador”.

    Os modelos matemáticos que Barron emprega são baseados em métodos ganhadores do Prêmio Nobel, originalmente desenvolvidos para estudar grandes coleções de elétrons que interagem mecanicamente de forma quântica. Além de ter inspiração na pesquisa de Tomás Arias, professor de física em Cornell, que combina conceitos matemáticos, utiliza abordagens da teoria da flutuação funcional da densidade para estudar tudo, desde o comportamento da multidão até fenômenos sociais, como migração e segregação.

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    “Esses métodos funcionam quando você está analisando um jogo como o basquete”, disse Arias, já que o comportamento de grupos de pessoas é difícil de quantificar. “Nossas técnicas de física entram em jogo porque você não está olhando para os jogadores individualmente, mas como eles estão colaborando na quadra”, completou. 

    E as implicações para esportes coletivos como o basquete são óbvias. Os treinadores podem inserir dados específicos do time ou do jogador para seus oponentes nesse modelo e desenvolver uma estratégia para impedir as jogadas mais comuns. Podem ainda executar cálculos antes de um jogo e exibi-los em um tablet, por exemplo, que é permitido na área técnica.

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