Só deu Taylor Swift no domingo 11, durante o Super Bowl, a final da liga nacional de futebol americano dos Estados Unidos. Ela roeu as unhas, bebeu cerveja e abraçou os amigos que a acompanhavam no camarote exclusivo, em Las Vegas — tudo transmitido pelos televisores, em casa, e no telão do estádio, o Allegiant. Depois de mais de vinte horas de voo em jatinho entre o Japão, onde se apresentara com a Eras Tour, e os EUA, a cantora pop chegou à arena para assistir ao jogo do namorado, Travis Kelce, do Kansas City Chiefs. Testemunhou a vitória do time do bloqueador grandalhão — coadjuvante de luxo do genial quarterback Patrick Mahomes — sobre o San Francisco 49ers e, claro, eclipsou o show morno do rapper Usher no intervalo. Swift — e quem mais, hoje, faria isso? — ajudou a impulsionar a popularidade do esporte como esperava a liga americana, a NFL. E, então, selou a noite com um beijaço daqueles em Kelce. Tê-la como garota-propaganda foi estratégia que deu certo. Segundo as estimativas, 123,4 milhões de americanos estavam ligados na transmissão do jogo final da temporada. É mais do que um terço da população dos Estados Unidos. Superou a audiência da decisão do ano passado, que atraiu 115,1 milhões de espectadores. Ficou abaixo apenas dos 150 milhões que estavam ligados na chegada da missão Apollo 11 à Lua, em 1969. Swift assistiu a doze jogos do Chiefs desde que começou a namorar Kelce, no ano passado. O romance trouxe 331,5 milhões de dólares em valor agregado para os Chiefs e o torneio, de acordo com uma pesquisa feita pelo Apex Marketing Group. Não é pouco. O ponto triste foi a tragédia do desfile do título, com pelo menos um morto e mais de vinte feridos, depois de um tiroteio.
Publicado em VEJA de 16 de fevereiro de 2024, edição nº 2880