Mais uma vez, não deu para o Atlético-MG diante do Palmeiras. Na noite da última quarta-feira (9), as duas equipes se enfrentaram pela Copa Libertadores e com um 0 a 0 no Allianz Parque, o Verdão, novamente, levou a melhor e avançou às quartas de final da competição. A história já havia se repetido em 2021 (semifinal) e 2022 (quartas de final). No jogo de ida, em Belo Horizonte, a equipe comandada por Abel Ferreira venceu por 1 a 0 e tinha vantagem do empate. Nas quartas, o Verdão vai enfrentar a surpresa do torneio, os colombianos do Deportivo Pereira, que eliminou o Independiente Del Valle, bicampeão da Copa Sul-Americana e atual campeão da Recopa Sul-Americana. Já o Atlético-MG volta seu foco para o Brasileirão, onde ocupa a 10ª posição.
Após o duelo, o técnico atleticano, Luiz Felipe Scolari, que conheceu sua primeira eliminação nas oitavas de final da Libertadores, em noves edições disputadas, lamentou o empate, citando o gol perdido pelo atacante Paulinho, no segundo tempo. Ele ainda reclamou de um pênalti em favor do Galo, não marcado pelo árbitro argentino Fernando Rapallini, em lance em que a bola tocou o braço do volante do Verdão, Gabriel Menino.
“Tivemos a bola do jogo, embora a predominância do Palmeiras no primeiro tempo. E tivemos um lance que não podemos falar, nada, que é o árbitro que apita”, disse o experiente treinador, campeão do torneio com o Grêmio e o próprio Palmeiras, mas que em 11 partidas à frente da equipe alvinegra, venceu apenas uma partida.
Ainda no campo, após o apito final, o próprio Paulinho lembrou da oportunidade desperdiçada, quando driblou o goleiro Weverton, mas a finalização foi para fora.
“Pegamos um adversário muito qualificado, a gente sabia da importância da Liberta para a gente nesse ano. É um ano diferente para o Atlético-MG, tem a inauguração do estádio. Me sinto muito responsabilizado por essa eliminação, a gente tinha total condição de sair classificado daqui”, disse o jogador.
Apesar do lamento dos atleticanos, em campo, a equipe produziu pouco no ataque. Além de de enfrentar um anfitrião bem organizado na defesa e jogando com o regulamento debaixo dos braços, faltou inspiração e força ofensiva ao time mineiro. No primeiro tempo, principalmente, apesar das fortes disputas no meio de campo e algumas divididas mais intensas, o Verdão foi melhor e teve chances para abrir o placar. No segundo tempo, o Galo entrou com Igor Gomes na meia, aumentando a velocidade nas transições. A partida ficou mais equilibrada, porém quando ia ao ataque, o Palmeiras assustava o gol de Everson, como Dudu aos 10 minutos e Arthur aos 21. Dois minutos depois, um lance polêmico na área do Palmeiras. Em tentativa de afastar o perigo da área, Mayke acertou a bola no braço de Gabriel Menino. O Atlético-MG pediu pênalti, não assinalado pela arbitragem.
Aos 31 minutos, porém, o Galo teve a chance do jogo. Paulinho recebeu de Edenílson, driblou o goleiro Weverton, mas chutou para fora. O desperdício parece ter desanimado os visitantes, que voltaram a sofrer com o domínio do rival, que ainda perdeu o atacante Endrick, expulso nos minutos finais.
Mesmo com a vaga, o técnico palmeirense queixou-se de a vitória ter escapado. Depois de viver uma fase de oscilações com a equipe, Abel Ferreira, porém, elogiou o a competitividade do elenco que, segundo ele, evitou uma possível crise, caso o Verdão tivesse perdido a vaga.
“Dar os parabéns ao Atlético, ao Felipão, mas nossa equipe mostrou que somos extremamente competitivos. Se não passássemos, estaríamos em crise. A única equipe do Brasil que não está em crise é o Botafogo. Vamos passar por isso, já fizemos nesse ano, ano passado, temos ambições nesta competição e vamos fazer tudo o que pudermos para passarmos de fase”, explicou o técnico português.