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Caio Bonfim fatura bronze inédito no Mundial de atletismo

Atleta da marcha atlética, quarto colocado nos Jogos Olímpicos do Rio no ano passado, conquista a primeira medalha para o Brasil na competição

Por Da Redação Atualizado em 13 ago 2017, 14h08 - Publicado em 13 ago 2017, 14h04
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  • O atleta brasileiro Caio Bonfim fez uma impressionante prova de recuperação e conquistou a medalha de bronze na marcha atlética de 20 quilômetros. Na metade da prova, ele estava em 14º lugar e conseguiu um sprint no fim para dar ao Brasil a primeira medalha no Campeonato Mundial de atletismo realizado em Londres, na Inglaterra – é o primeiro pódio do país na história da prova.

    O ouro ficou com o colombiano Eider Arévalo, que completou a prova em 1h18m53, e venceu a disputa com o russo Sergey Shirobokov, que terminou com a prata por apenas dois segundos. Shirobokov, no entanto, precisou competir com uma bandeira neutra neste Mundial devido as sanções da Federação Internacional de Atletismo à Rússia pelo escândalo de doping deflagrado no país.

    O brasileiro terminou a prova com o tempo de 1h19m04 e estabeleceu um novo recorde brasileiro. “A ficha não caiu. É hora de ser grato à minha família, à minha esposa e aos meus irmãos. Não sei dizer ainda o que essa medalha representa. Acho que até os 80 anos vou experimentar a sensação de ser medalhista mundial”, disse em entrevista ao canal por assinatura SporTV.

    Sobre a recuperação na parte final da corrida, Bonfim admitiu que no início pensou que não seria possível devido ao ritmo forte imposto pelo pelotão da frente. No entanto, com o decorrer da prova, ele notou que poderia brigar pelo pódio.

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    “Fui crescendo. Competi contra mim mesmo. Quando vi que era quarto e vi que ele (o sul-africano Lebogang Shange, então terceiro colocado) diminuiu, eu cheguei. Pensei em passar e levar na raça. Foi aí que vi que podia ser medalhista”, comentou.

    FEMININO – A pernambucana Erica Rocha de Sena terminou em quarto lugar na marcha atlética de 20 quilômetros com o tempo de 1h26m59 e quebrou o recorde sul-americano, que a própria atleta havia estabelecido em 2016, com a marca de 1h27m18.

    A brasileira se manteve no pelotão de frente desde a largada e comemorou o feito.

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    “O objetivo era a medalha, claro, e fiquei muito perto. O outro objetivo era melhorar minha marca e consegui. Planejei tudo para chegar na minha melhor forma no Mundial”, comentou.

    A chinesa Jiayu Yang conquistou a medalha de ouro, com 1h26m18, seguida da mexicana Maria Guadalupe González, com 1h26m19. O bronze foi para a italiana Antonella Palmisano, com 1h26m36.

    Erica foi sexta colocada nos Jogos Olímpicos de Pequim e sétima no Rio 2016. Neste domingo, ela chegou a receber quatro placas de advertência dos árbitros e ficou na dúvida de quantas delas haviam se tornado advertências reais – na marcha atlética, o atleta é eliminado após três. “Fiquei preocupada. Tive o receio de ser desqualificada e diminui o ritmo”, comentou.

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    (com Estadão Conteúdo)

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