Camisa número 88 está banida do futebol italiano
Anúncio foi feito pelo ministério do Interior do país, em combate aos símbolos neonazistas
Em medida que contou com o apoio da Federação Italiana de Futebol (FIGC), o governo italiano anunciou a proibição do número 88 na camisa dos jogadores em qualquer clube de futebol do país. A decisão foi divulgada pelo ministro do Interior, Matteo Piantedosi, nesta terça-feira (27). A iniciativa faz parte de uma série de ações de combate a grupos neonazistas e ataques antissemitas e racistas nos estádios do país.
Esta numeração é utilizada por extremistas, por significar a saudação “Heil Hitler”, pois o H é a oitava letra do alfabeto.
Atualmente, três jogadores da Série A utilizam este número: o polonês Mateusz Praszelik, do Verona e os croatas Toma Basic e Mario Pasalic, da Lazio e Atalanta. Outro jogador que costumava utilizar a numeração era o venezuelano Tomas Rincon, da Sampdoria. Mas na última temporada, ele mudou para a camisa 8.
#AtalantaRoma | 1-0 | 39’
⚽ GOOOOOOOOOOL MARIOOOO PAŠAAAAALIIIIĆ!!!
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— Atalanta B.C. (@Atalanta_BC) April 24, 2023
Um dos estopins para a ação do governo ocorreu em março, quando um torcedor da Lazio, clube de Roma, foi flagrado vestido uma camisa da equipe, com o número 88 e a palavra “Hitlerson” (filho de Hitler, em inglês).
Campeão do mundo com a Itália em 2006, o goleiro Gianluigi Buffon também chegou a jogar com a camisa 88 nos tempos de Parma e foi acusado de fascismo no início de carreira. Antes disso, em outro episódio controverso, ele concedeu uma entrevista vestindo uma camisa com a frase “boia chi molla”, muito popular durante o regime fascista no país. Buffon se desculpou e disse que não sabia o significado histórico da frase (algo como ‘quem abandona a luta é uma assassino’, em italiano).
Outra iniciativa acordada entre governo e a Federação de Futebol Italiana é a paralisação de partidas, quando houver manifestações antissemitas.