Candidato à presidência do Corinthians diz ter parceria disposta a investir 1 bilhão de dólares
Conselheiro do clube, André Castro registra sua candidatura para eleição na próxima segunda, 25

O conselheiro do Corinthians André Castro registrou nesta terça, 19, sua candidatura para a eleição da presidência do clube marcada para a próxima segunda, 25. O gestor de investimentos do escritório Alta Vista, da XP, afirmou ter um parceria com um grupo disposto a investir 1 bilhão de dólares no clube.
Sem revelar o nome do parceiro, o presidenciável afirmou ao Estadão que se trata de um banco digital nacional com pouco tempo de atuação, que já trabalha nas áreas de mobilidade, saúde e educação. Segundo Castro, o anúncio oficial da parceria será realizado em coletiva de imprensa nesta quinta, 21.
O conselheiro está em seu segundo mandato, que se encerra no final deste ano, mas adiantou os planos de concorrer à presidência com o impeachment do ex-dirigente, Augusto Melo. O objetivo é ser uma alternativa aos outros candidatos, Osmar Stábile ou Roque Citadini.
“Na primeira gestão eu fui do Resgata Corinthians, que era oposição, e nessa última gestão eu saí pela chapa 22 (Preto no Branco). Eu não estou vinculado a eles desde janeiro de 2024. Eu já saí com o intuito de (formar) um novo movimento político dentro do clube, que era justamente buscar uma terceira via”, disse Castro ao ge.
Para onde vai o dinheiro?
A quitação da dívida da Neo Química Arena, que gira em torno de R$700 milhões, é o objetivo principal para o primeiro ano da chapa. No ano passado, a torcida organizada Gaviões da Fiel arrecadou por volta de R$40 milhões em doações para a causa. “Eu tenho até contato com um ex-presidente da Caixa, o qual eu não posso revelar o nome ainda, mas que ele já buscou informações internas. A gente acredita que em torno de 400 milhões a gente consegue quitar o financiamento”, disse Castro ao Estadão.
Em seguida, os investimentos miram dentro de campo: “A prioridade é com jogador, que é o coração do nosso time. A gente tem essa prioridade de dar uma melhorada no nosso elenco e investir em estrutura. Depois as categorias de base, que é algo que a gente precisa mudar, melhorar a estrutura lá dentro”, afirmou Castro em entrevista ao ge.
O clube social também deve receber um aporte para revitalização e pagamento de dívidas. “Hoje, a grande parte das pessoas que não são sócias olham o clube social e veem que ele é deficitário. Então a gente precisa fazer com que ele seja sustentável. E eu acho que com esses recursos, que pode nem ser desses parceiros, sendo até de projetos que dá pra gente fazer lá dentro, eu acho que a gente consegue fazer o clube ficar mais sustentável, a gente consegue automaticamente modernizar e sair dessa parte de ser deficitário, que é o que acontece.”
O que o investidor leva em troca?
O banco busca em troca do investimento os naming rights da, hoje, Neo Química Arena, além da exposição de marcas parceiras da instituição pelo clube no próprio estádio, no CT, nas camisas e nos camarotes.
“A ideia é, realmente, transformar a marca em internacional. Claro, isso ainda tem de passar por órgãos competentes do clube, mas o que a gente tem desenhado é justamente o que eu falei: expor a marca do banco, o naming rights, esse é o grande objetivo. Porque o banco vai ser o grande carro chefe deles”, disse Castro ao Estadão.
Caso não seja eleito, o conselheiro afirmou ao ge que irá “tentar levar isso [o investimento] adiante” à gestão eleita. “O projeto vai ser apresentado sim. Ele vai ser apresentado independentemente de quem está na cadeira. Mas é uma decisão que não é minha, não cabe a mim, é uma decisão do grupo [investidor].”