Casemiro defende Daniel Alves, mas evita ‘pitaco’ em escalação de Tite
Volante minimizou críticas direcionadas ao experiente lateral, jogador mais contestado da lista de 26 nomes, e elogiou boas opções mesmo sem Neymar
O volante Casemiro saiu em defesa do experiente lateral-direito Daniel Alves, de 39 anos, jogador mais contestado entre os 26 convocados pelo técnico Tite para a Copa do Mundo do Catar, mas preferiu se esquivar de “pitacos” na escalação para a segunda partida da seleção brasileira no torneio.
Sem poder contar com o atacante Neymar e com o lateral-direito Danilo, baixas confirmadas pelo departamento médico da CBF devido a contusões no tornozelo, ainda há mistério sobre quais serão os substitutos utilizados diante da Suíça nesta segunda-feira, 28, às 13h (de Brasília), no estádio 974.
“Primeiro, tenho total consciência e temos que deixar claro: o Daniel Alves não veio aqui de passeio. Se o treinador trouxe ele é porque contamos com ele”, disse.
“Claro que a característica dele é diferente do Militão. O Militão é mais defensivo, enquanto o Daniel Alves tem mais qualidade, tem um pé diferente. Cada um com a sua característica”, completou.
A saída de dois pilares da seleção expôs duas das decisões mais contestadas da convocação: a presença de Daniel Alves, bancado mesmo em má fase no Pumas, do México, e a ausência de Roberto Firmino, em excelente momento no Liverpool e, em tese, um dos mais habilitados a ocupar o posto de Neymar.
A tendência é que Alves assuma o posto. No entanto, o zagueiro Eder Militão aparece como opção, por já ter atuado na lateral, inclusive no amistoso contra Gana, em setembro.
Questionado se lhe causaria surpresa ver o experiente jogador preterido por um zagueiro de origem, improvisado no setor, ele minimizou:
“Uma surpresa? Não, surpresa eu diria que não, até mesmo porque o Militão já correspondeu à altura. Mas se o Daniel Alves está aqui, tem totais condições, e nós confiamos nele. Não precisamos nem falar do Daniel Alves, multicampeão, nós confiamos nele. Está treinando bem, está empenhado, mas quem vai jogar é decisão do treinador”, resumiu.
Para a vaga de Neymar, há uma série de alternativas. Tite pode recolocar Fred na equipe, avançando Lucas Paquetá para a posição de Neymar. O mesmo pode ser feito com Bruno Paquetá. Rodrygo, que entrou bem contra a Sérvia, e já atuou em função semelhante no Real Madrid, e Everton Ribeiro, o único meia de origem, são outras boas opções.
Não faltaram elogios a Rodrygo, antigo companheiro no Real Madrid: “Sempre foi um cara que iluminou meus olhos quando toca na bola, sempre é um prazer de ver ele jogando. É jgoador que pode se chamar de craque. São poucos jogadores como ele no mundo, sempre que toca na bola faz algo bonito. Quem gosta de futebol, gosta de assistir o Rodrygo jogar”.
“Mas temos outros jogadores que estão correspondendo à altura, tem Vini, Richarlison, Raphinha, Jesus. Nós lá de trás até brincamos, às vezes dá até pena do adversário. Você tira Raphinha, coloca Antony, sai Richarlison, entra Jesus, Martinelli, o leque é bem grande. Isso é bom para nós. Temos que ser realistas em falar que o Neymar é o craque do time”, acrescentou.
Casemiro passou a maior parte da coletiva respondendo a temas também fora do ambiente da seleção no Catar, como manifestações de ódio ao atacante Neymar nas redes sociais e a saída do craque português Cristiano Ronaldo do Manchester United, a quem disse já ser “grandinho para tomar suas próprias decisões.
“Quando você deseja o mal para uma pessoa, independente de quem seja, é muito grave. Eu fico muito triste, principalmente por ser uma pessoa que ajuda tanta gente, que tem um coração enorme. O Neymar não merece isso”, concluiu.