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COI solicita informações sobre Nuzman ao Brasil

Anúncio foi feito por Thomas Bach, presidente da entidade, em Lima, onde participa de reuniões sobre Jogos de 2024 e 2028

Por Da redação
12 set 2017, 15h09

Advogados do Comitê Olímpico Internacional (COI) contataram autoridades brasileiras para pedir informações sobre indícios do suposto envolvimento do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, com corrupção, disse na noite de segunda-feira o presidente do COI, Thomas Bach.

Na semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) informou que políticos do Rio de Janeiro e Nuzman, membro do COI e chefe dos Jogos Rio 2016, organizaram pagamento de propina no valor de 2 milhões de dólares para comprar votos na eleição que escolheu a cidade brasileira como sede da Olimpíada.

“Desde a manhã de hoje nossos advogados estão em contato com as autoridades judiciais brasileiras”, disse Bach a repórteres em Lima, onde participa de reuniões sobre os Jogos de 2024 e 2028. “Assim que provas forem apresentadas, agiremos”.

O legado da primeira Olimpíada da América do Sul, encerrada pouco mais de um ano atrás, foi ofuscado por alegações de corrupção. Quase todos os projetos de infraestrutura dos Jogos estão sendo investigados, e procuradores alegam que grandes empreiteiras subornaram políticos e outros para obter contratos de bilhões de dólares para o evento.

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Lamine Diack, presidente da IAAF
Lamine Diack, ex-presidente da IAAF (Cliff Hawkins/Getty Images)

O suposto caso de compra de votos foi descoberto por uma investigação em andamento na França sobre Lamine Diack, ex-presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), e seu filho, Papa Massata Diack, vistos como figuras centrais do caso.

Thomas Bach ainda disse não haver “responsabilidade coletiva” do COI e que a entidade agirá, como no caso de Diack (que perdeu sua filiação honorária da organização), assim que tiver provas. “Existem alegações relativas ao senhor Nuzman. Ele nem foi acusado ainda. Isto precisa ser esclarecido, e depois uma ação será tomada”.

(Com Reuters)

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