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Esgrimista se dedica aos estudos por não ver futuro na modalidade

Henrique Marques, membro da equipe brasileira de esgrima que esteve nos Jogos Olímpicos do Rio, pretende retornar ao país para atuar no mercado financeiro

Por Mateus Silva Alves Atualizado em 10 jun 2017, 07h25 - Publicado em 10 jun 2017, 07h13
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  • O paulistano Henrique Marques tinha oito anos quando se encantou pela esgrima ao tomar contato com a modalidade no Pinheiros, clube que é praticamente sua segunda casa. Desde então, nunca mais deixou o esporte, que o levou a ser um aleta olímpico. No ano passado, ele fez parte da equipe brasileira que disputou os Jogos do Rio.

    Aluno do quarto ano do curso de Business (algo entre Administração de Empresas e Economia) do New Jersey Institute of Technology, Marques decidiu ir para os Estados Unidos porque não via muito futuro para ele na esgrima, esporte pouco popular no Brasil. Como integrante do forte time de sua universidade, o esgrimista disputa o circuito universitário americano e foi graças a isso que conseguiu um lugar na equipe olímpica brasileira.

    “Nos Estados Unidos, o meu treinador quis mudar meu estilo, mas não deu certo”, conta o atleta de 20 anos. “Mas ter ido para lá me fez aumentar o meu volume de combate, pois disputei competições com muito mais frequência, e isso foi responsável por 80% da minha classificação. No Brasil, você compete sempre com as mesmas pessoas, são poucas competições. Lá, a cada duas semanas eu participo de um torneio.”

    Marques faz parte do programa de apoio das Forças Armadas ao esporte no Brasil – é sargento do Exército – e recebe ajuda do governo brasileiro e do Pinheiros, ao qual continua ligado, mas assim mesmo não se vê como um profissional da esgrima. Por isso, leva muito a sério o curso nos Estados Unidos, pois seu objetivo principal é voltar ao país para trabalhar no mercado financeiro.

    “Meu foco está nos estudos. Não dá para viver de esgrima”, lamenta o paulistano, que foi eliminado em sua luta de estreia nos Jogos do Rio, na categoria florete, pelo egípcio Mohamed Essam. “Não fiquei feliz com o resultado, era um combate ganhável. Eu fiquei chateado por não ter conseguido jogar como eu queria, por puro nervosismo. Quando entrei na arena, e vi o público brasileiro gritando, acabei travando, não consegui fazer o que estava acostumado. Mas foi uma experiência incrível estar lá.”

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