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Governo da China ameaça limitar gastos de clubes de futebol

Autoridades chamaram de "despesas irracionais" os valores pagos pelos clubes para contratar jogadores como Oscar e Tevez

Por da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h58 - Publicado em 5 jan 2017, 14h52
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  • A Administração Geral do Esporte da China, órgão do governo do país que regulamenta os esportes, criticou nesta quinta-feira os altos gastos dos clubes de futebol para contratar jogadores estrangeiros e ameaçou impôr limitações. No site da entidade as contratações são chamadas de “despesas irracionais”, e é apontada a necessidade do estabelecimento de um teto, tanto nas transferências, como nos salários pagos a astros internacionais.

    O Shanghai Shenhua, por exemplo, pagará 38 milhões de euros (128,5 milhões de reais) por ano ao atacante argentino Carlos Tevez. Já o rival Shanghai SIPG desembolsou 60 milhões de euros (203 milhões de reais) para tirar o brasileiro Oscar do Chelsea.

    Nos últimos dias, diversos rumores surgiram na imprensa mundial sobre a possibilidade de um clube da China investir, inclusive, para contratar o argentino Lionel Messi, do Barcelona, ou o português Cristiano Ronaldo, do Real Madrid. Segundo a emissora Sky Sports, o Hebei Fortune – time de nome sugestivo – teria oferecido salário equivalente a 1 milhão de reais por dia para Messi.

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    No texto divulgado nesta quarta-feira, a administração esportiva estatal aponta como consequência do reaquecimento excessivo do mercado de transferências no país, a compra de clubes europeus por empresários do país, como o Milan, a Inter de Milão e o Aston Villa.

    Luiz Felipe Scolari conquistou dois títulos chineses em seus dois anos no Guangzhou Evergrande
    Felipão conquistou dois títulos chineses em seus dois anos no Guangzhou Evergrande (Masterpress/Getty Images)

    Além da possibilidade de estabelecimento de um teto, o órgão ainda sugere que os times que mais gastem nas janelas de transferência, paguem valores maiores para o desenvolvimento de jovens atletas.

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    Liderada pelo presidente Xi Jinping, um apaixonado por futebol, a China colocou em prática nos últimos anos um ambicioso programa para transformar o futebol local em uma potência mundial. No entanto, a crítica é que o dinheiro empenhado está sendo utilizado para atrair estrelas internacionais e não formar jogadores no país.

    Dentre os brasileiros, estão no país nomes como Renato Augusto e Paulinho (ambos titulares da seleção brasileira), Ralf, Jadson, Geuvânio e os treinadores Luiz Felipe Scolari e Mano Menezes. O próximo a chegar deve ser o atacante Marinho, ex-Vitória, que nesta manhã disse ter recebido uma “proposta surreal” do exterior.

    (com agência EFE)

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