Manchester City oferece fortuna para ter Messi, diz jornal
Clube dirigido por Pep Guardiola estaria disposto a pagar cerca de R$ 390 milhões para tirar o craque argentino do Barcelona
Enquanto o Barcelona vive clima de tensão em relação à renovação de contrato de Lionel Messi – com direito à demissão de um dirigente que “diminuiu” o craque argentino –, o Manchester City parece disposto a colocar ainda mais lenha na fogueira. O diário The Sun informou nesta terça-feira que o clube inglês está disposto a pagar até 100 milhões de libras (cerca de 390 milhões de reais pela cotação atual) para reunir novamente Messi e o técnico Pep Guardiola a partir da próxima temporada.
A proposta faria de Messi o atleta mais caro da história – superando Paul Pogba, do Manchester United, cuja contratação custou 89 milhões de libras (346 milhões de reais). Além disso, o City estaria disposto a pagar nada menos que 800.000 libras (cerca de 3,1 milhões de reais) de salário semanal ao argentino. A proposta oficial ainda não foi enviada.
Nascido em Rosário, na Argentina, Messi está desde os 13 anos no Barcelona e é o maior artilheiro da história do clube, com 480 gols. Sua permanência na Catalunha é vista como obrigatória pelos torcedores, mas esbarra em algumas dificuldades financeiras.
Messi tem contrato até junho de 2018 e, como o Barcelona precisa seguir as regras do chamado ‘Fair play financeiro” da Uefa – na qual clubes são proibidos de gastar mais do que arrecadam – e já tem atletas caríssimos no elenco, como Neymar e Luís Suárez, a renovação precisaria passar por uma engenharia financeira complexa. O fato de Messi completar 30 anos em junho também pesa nas negociações.
Renovação causa crise política
Na semana passada, o diretor executivo do clube catalão, Óscar Grau, deu uma declaração envolvendo a possível renovação de Messi que causou enorme mal-estar no Camp Nou. “O Barça não pode exceder 70% de seu orçamento na folha de pagamento e, portanto, temos de enquadrá-lo nisso. Uma opção passa por aumentar as receitas, tal como contemplamos em nosso plano estratégico”, explicou o diretor.
Em seguida, veio a frase da discórdia. “Queremos ter os melhores, mas talvez tenhamos que priorizar. O desejo do clube é que o melhor jogador do mundo e da história fique no Barça. Gostaria de tranquilizar os sócios e fãs, mas devemos fazê-lo sempre com bom senso.”
Diversos jornais da Espanha noticiaram que a expressão “bom senso” pegou mal entre os jogadores. O amigo Luís Suárez, cujo contrato foi renovado até 2021, deixou isso claro. “Com Messi é preciso renovar o contrato, não ter bom senso”, afirmou o uruguaio à emissora BeIN após partida contra o Athletic Bilbao.
Um dia depois, Pere Gratacós, então responsável de Relações Institucionais Esportivas do Barcelona, foi fulminantemente destituído do cargo apenas por dizer que “Messi é uma das pessoas mais importantes da equipe, mas também é preciso focar no resto, porque sem Neymar, Luis Suárez, Iniesta ou Piqué e os demais jogadores, não seria tão bom jogador.” Seis horas depois, o Barcelona informou, por meio de comunicado, que Gratacós foi demitido “por ter expressado publicamente uma opinião pessoal que não coincide com a da entidade”.