Maratonista campeã da Rio-2016 é suspensa por doping
Jemima Sumgong testou positivo para o hormônio eritropoietina em fevereiro e ficará quatro anos longe do esporte
A queniana Jemima Sumgong, que conquistou a medalha de ouro na maratona dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, foi suspensa por quatro anos após testar positivo em um exame antidoping realizado fora de competição. A Agência Antidoping do Quênia informou que a sanção, por consumo de eritropoietina (EPO), é efetiva desde 3 de abril de 2017, o que impedirá a atleta de competir nos Jogos de Tóquio, em 2020.
Esse resultado positivo foi revelado em um exame antidoping feito fora de competição no dia 28 de fevereiro deste ano. Um laboratório credenciado pela Agência Mundial Antidoping (Wada) na cidade suíça de Lausanne analisou a “amostra A” de urina e determinou a presença do hormônio proibido EPO, que aumenta a produção de glóbulos vermelhos no sangue.
O resultado da análise foi comunicado no dia 3 de abril. A atleta de 32 anos teve a oportunidade de se explicar e solicitar a análise da “amostra B”. Ao se defender, Sumgong disse que, no dia 23 de fevereiro, foi ao Hospital Nacional do Quênia devido a um “sangramento severo” e uma “dor abdominal aguda” e que foi submetida a uma transfusão e recebeu medicamentos.
No entanto, a atleta não incluiu esse tratamento no formulário de controle de doping de 28 de fevereiro, justificando um “tabu” existente em torno da gravidez ectópica (gestação fora do útero) no Quênia. Sumgong afirmou que o doping foi um “erro não proposital”, e abriu mão da contraprova por entender que o resultado seria o mesmo que o da amostra A.