Mundo dos esportes reage à invasão da Ucrânia pela Rússia
Do futebol à Fórmula 1, várias modalidades estão revendo participações em torneios e eventos em território russo
O mundo dos esportes também se manifestou contra a invasão da Ucrânia pela Rússia, na madrugada desta quinta-feira, 24. Como consequência, a UEFA deve caçar os direitos russos de sediar a final da Liga dos Campeões e vários pilotos de Fórmula 1 já disseram que vão boicotar o Grande Prêmio do país.
A final da Liga dos Campeões está marcada para São Petersburgo, em maio, mas a Uefa deve transferir a partida para outro local. O presidente da federação europeia, Aleksander Ceferin, convocou uma reunião extraordinária do Comitê Executivo para a sexta-feira para discutir o assunto.
Um comunicado conjunto das federações de futebol da Polônia, Suécia e República Tcheca pediu que as eliminatórias para a Copa do Mundo de março não sejam disputados na Rússia. “Os signatários deste apelo não consideram viajar para a Rússia e jogar partidas de futebol lá”, disse o comunicado.
A Associação de Tenistas Profissionais (ATP) disse que o torneio Challenger, programado para a próxima semana, em Moscou, não acontecerá devido a preocupações com a segurança dos jogadores e com viagens internacionais. “A segurança dos jogadores continuará sendo nossa principal prioridade na avaliação da programação dos eventos subsequentes do ATP Tour e do ATP Challenger Tour na região”, disse a entidade.
O alemão Sebastian Vettel, quatro vezes campeão de F1, disse que não participará do GP de Sochi, em 25 de setembro, acrescentando que é “errado” correr na Rússia. O atual campeão mundial, Max Verstappen, concordou. “Minha opinião é que eu não deveria ir”, disse Vettel. “Sinto muito pelas pessoas inocentes que estão perdendo suas vidas, que estão sendo mortas por razões estúpidas e uma liderança muito, muito estranha e louca.”
A FIA, órgão regulador do automobilismo, disse que está monitorando a situação, mas não se pronunciou sobre a possibilidade de mudar o GP da Rússia.
A invasão também foi condenada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que disse que o governo russo violou a Trégua Olímpica atualmente em vigor até depois dos Jogos Paralímpicos de Inverno do próximo mês.