Se, no início da temporada, Niclas Füllkrug tivesse recebido a notícia de que seria convocado para disputar a Copa do Mundo pela Alemanha, provavelmente teria dado risada. Uma crise de lesões no setor ofensivo fez com que o técnico Hansi Flick apostasse no centroavante de 29 anos, que nunca jogou pela seleção, mas vive ótima fase no Werder Bremen entre os 26 que viajaram ao Catar. Neste domingo, 27, o camisa 9 foi o autor do gol no empate por 1 a 1 contra a Espanha – resultado que dá sobrevida ao país na competição.
Com dez gols e duas assistências em 15 jogos na temporada, Füllkrug tem se destacado pelo Bremen, que voltou à primeira divisão da Alemanha após passar um ano na segundona. Com 1,89 m de altura, ele tem passagens pelas categorias de base da seleção e defendeu o time sub-20 até 2014, mas nunca havia sido chamado para o time principal.
Desde 2019 no Werder Bremen, Füllkrug brilhou também na campanha do acesso à Bundesliga no ano passado, quando anotou 19 gols em 33 jogos.
O atacante é conhecido na Alemanha pelas peculiaridades fora de campo: ele tem o apelido de “Lücke” – “vão”, em alemão – por causa do espaço entre seus dentes da frente, e costuma se preparar para os jogos ouvindo “Eye of the Tiger”, música que ficou famosa como tema do filme Rocky III, de 1982.
O jogador não estava no radar da seleção até pouco tempo atrás, mas nomes como Timo Werner, do Red Bull Leipzig, Marco Reus, do Borussia Dortmund, e Lukas Nmecha, do Wolfsburg, acabaram virando desfalque para a Copa por lesão.
Assim, Flick resolveu embarcar na boa fase de Füllkrug, além de levar os jovens Youssoufa Moukoko, 17 anos, e Karim Adeyemi, 20, ambos do Borussia Dortmund.
A Alemanha está em último lugar no grupo D, com um ponto somado. A chave é liderada pela Espanha, que tem quatro, seguido pelo Japão, com três. Os europeus encaram a Costa Rica nesta quinta-feira, 1º, em confronto que decidirá a classificação, enquanto espanhóis e japoneses se enfrentam.
Se vencer, estará garantido na segunda fase do Mundial – quebrando a escrita negativa da Rússia, quando sucumbiu precocemente. Certamente, terá muito a agradecer a Niclas Füllkrug.