O brasileiro Oscar Schmidt, um dos maiores jogadores de basquete de todos os tempos, foi homenageado pelo Brooklyn Nets, equipe da NBA que só não defendeu na década de 80, pois teria de abrir mão de jogar pela seleção brasileira. A ação aconteceu no Barclays Center, antes da derrota dos Nets por 112 a 103 para o Memphis Grizzlies.
Oscar recebeu uma camisa dos Nets com o número 14, com o qual jogou durante toda a carreira. A homenagem foi entregue pelo craque argentino Luis Scola, que atua no Brooklyn e teve Oscar como ídolo na infância.
Oscar foi draftado pelo New Jersey Nets (hoje Brooklyn Nets) em 1984, mas nunca chegou a atuar na NBA. As regras da Federação Internacional de Basquete (Fiba) da época não permitiam que atletas que jogassem na liga americana defendessem seus países em competições internacionais. Por isso, Schmidt abriu mão do sonho americano para jogar na seleção brasileira.
Mesmo nunca tendo jogado na principal liga de basquete do mundo, Oscar fez história no basquete mundial. O ex-atleta de 58 anos é o maior pontuador de todos os tempos da modalidade, com 49.737 pontos. Além disso, também é recordista de pontos em Jogos Olímpicos, com 1.093.
O “Mão Santa”, apelido que ganhou pela precisão de seus arremessos, também liderou o Brasil na conquista inédita do Pan-Americano de 1987, na qual a seleção derrotou os Estados Unidos, que jogavam em casa, em Indianápolis. Oscar ainda levou o bronze no Pan de San Juan, em 1979, além do bronze no Mundial das Filipinas de 1978.
No próximo fim de semana, Schmidt participará das festividades do All-Star Game da NBA, atuando no Jogo das Celebridades. Em 2013, ele foi incluído no Hall da Fama do basquete mundial.
A NBA Brasil disponibilizou um trecho da conversa entre Oscar e o campeão olímpico Luis Scola. O argentino revelou que, em 1990, acompanhou o Mundial de basquete em seu país e conseguiu tirar uma foto com o ídolo brasileiro. Na ocasião, o Brasil terminou em quinto e Oscar foi o cestinha do torneio:
(com Gazeta Press)