DOHA – A dança das comemorações da seleção brasileira seguem em pauta e nesta quinta-feira, 8, véspera do duelo contra a Croácia, pelas quartas de final da Copa do Mundo, o técnico Tite voltou a defender a atitude dos seus atletas.
” Eu lastimo muito e não vou fazer comentários de quem não conhece a história e cultura do Brasil, o jeito de ser. Eu quero ter a conexão com o meu trabalho, com as pessoas que se identificam comigo, com o meu trabalho, que sabem da minha história. Ela é muito discreta e vai continuar sendo. Eu respeito a cultura e o jeito que eu sou, a seleção que trabalho”, iniciou.
“Tem uma série de meninos que vão dançar também, que é a cultura brasileira, e ela não vai desmerecer nenhum outro. É a nossa forma de ser. Em termos culturais, que a gente possa ajudar também na educação dos meninos”, prosseguiu, antes de brincar sobre sua falta de desenvoltura na “dança do Pombo” em gol de Richarluson. “Tento estabelecer uma conexão com uma geração jovem, com meninos que poderiam até ser meus netos. (…) Não é meu perfil, o quadro é dos atletas, não da comissão. Mas quero participar da alegria sim. Eu sei que tenho treinar mais, o pescoço é duro…”
Questionado por um jornalista argentino sobre o “segredo da alegria” da seleção brasileira em jogar futebol, Tite seguiu a mesma linha. “É a identidade do futebol brasileiro, não sou eu, é a geração que surgiu agora, são os técnicos de base que formaram esses atletas. Damos confiança para que eles possam produzir o seu melhor. Em cima dessa pressão, tem que ter coragem para jogar desta forma, mesmo correndo riscos de a carne ser cortada se não for campeão. Esse é o futebol em que eu acredito, é para frente, é nisso que acreditamos.”
Logo na sequência, o técnico croata, Zlatko Dalic também concedeu entrevista e comentou sobre as danças dos rivais. “Eles têm seu jeito próprio de alegria e diversão, é aí que mostram sua união, índole e caráter, e isso é direito deles. Se é respeito pelo adversário ou não, é irrelevante. Não gostaria que meu time comemorasse assim, mas esse é a sua característica, de sua nação, eles são do jeito que são e isso é lindo.”
O treinador gaúcho adiantou Alex Sandro, que se recupera de uma lesão no quadril, não deve voltar a tempo do duelo das quartas de final. “Vai treinar à tarde, mas a tendência é a não participação, é uma lesão diferente da do Neymar, exige mais tempo.” Com isso, Danilo deve ser novamente escalado na lateral esquerda, enquanto Eder Militão deve atuar na direita.
Brasil e Croácia se enfrentam na sexta-feira 9, a partir das 12h (de Brasília), no Estádio Cidade da Educação, valendo vaga na semifinal.