Vídeo inédito de John Kennedy a caminho do hospital será leiloado nos EUA
Gravação de 1963 é o único registro da tentativa de salvamento do presidente americano
O assassinato de John Fitzgerald Kennedy, 35° presidente dos Estados Unidos, foi um dos momentos mais marcantes da história recente. As gravações desse dia circularam o mundo e foram repetidas à exaustão. Agora, contudo, surge um vídeo inédito: único do seu tipo, ele mostra o carro que carregava o chefe de Estado em direção ao hospital.
As imagens são impressionantes. O presidente nem chega a aparecer no vídeo, mas o registo em 8 milímetros, poucos minutos após o tiro que mudou a história de Dallas, mostra o conversível em alta velocidade, com a bandeira dos Estados Unidos, e um agente secreto na traseira do carro, em posição de proteção. Ainda é possível ver um borrão rosa, que seria do icônico vestido Chanel de Jacqueline Kennedy, sobre cujo colo John Kennedy estava deitado.
O responsável pela filmagem é Dale Carpenter. Segundo reportagem do New York Times, ele foi apenas para registrar a parada, sem muita pretensão, mas quando chegou, o carro do presidente já havia passado. Ele conseguiu fazer algum registro (abaixo), mas logo trocou de local para tentar gravar o comboio do JFK. Foi nesse momento que ele gravou o momento caótico de tentativa de salvação do baleado.
Por que essa gravação ressurgiu agora?
O vídeo voltou a ganhar atenção da mídia pois ele será leiloado, no próximo dia 28, pela RR Auction. Embora a empresa tenha divulgado o vídeo feito por Carpenter durante a parada, revelou apenas imagens estáticas do momento mais emocionante, que será exclusivo de quem arrematar o registro histórico. As apostas começarão em 5 mil dólares, mas acredita-se que a filmagem valha mais de 100 mil.
Até agora, poucas pessoas tiveram acesso à captura, mas ele deve se popularizar em breve, já que teve os direitos cedidos para ser incluído no documentário Agente Número 9, que vai contar a história de Clint Hill, agente secreto que aparece no vídeo e que era responsável pela proteção de Jacqueline Kennedy.
Apesar de importante, e de considerado verídico por quem assistiu, o vídeo não deve ajudar a solucionar as lacunas ainda não solucionadas do assassinato. “Vejo essas imagens e filmes como peças de um quebra-cabeça se juntando para formar esta tapeçaria de memórias de 22 de novembro”, disse Stephen Fagin, curador do Sixth Floor Museum no Dealey Plaza, em Dallas, ao jornal americano. “Um registro visual de como foi viver essa experiência.”