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A mensagem dos EUA para Bolsonaro antes de viagem à Rússia

Para autoridade do Departamento de Estado americano, Brasil deveria usar oportunidade para reforçar preocupação do Ocidente com avanços militares

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 12h38 - Publicado em 14 fev 2022, 16h49
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  • Presidente Jair Bolsonaro -
    Presidente Jair Bolsonaro (PL) (Anderson Riedel/PR/Divulgação)

    Em meio às falas de autoridades ocidentais de que há um “risco iminente” de uma invasão da Rússia à Ucrânia, o momento escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, tem sido alvo de críticas de várias frentes. O mandatário brasileiro segue nesta segunda-feira, 14, a Moscou, um dia após autoridades americanas alertarem que pode haver um ataque já nesta semana.

    + ‘Somos solidários à Rússia’, diz Bolsonaro em encontro com Putin

    Para uma autoridade do Departamento de Estado americano, que falou a VEJA sob condição de anonimato, o Brasil deveria usar a oportunidade para reforçar à Rússia “a preocupação dos Estados Unidos e de outras nações sobre o papel desestabilizador que a Rússia está desempenhando e a ameaça atual à soberania e integridade territorial da Ucrânia”.

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    “Como líderes democráticos, os EUA e o Brasil têm responsabilidade de se posicionar por princípios democráticos. Esperamos que o Brasil assuma esta oportunidade para reforçar esta mensagem em suas conversas em Moscou”, disse a autoridade.

    Segundo o funcionário americano, a posição do governo dos EUA sobre o aumento de presença militar russa na fronteira com a Ucrânia foi comunicada ao governo brasileiro, com quem “mantém diálogos regulares em todos os níveis”.

    Em reportagem publicada em VEJA no início do mês, na edição nº 2775, o ex-embaixador Sergio Amaral destacou que Brasil e Rússia têm relação antiga e fazem parte do Brics, grupo que reúne ainda China, Índia e África do Sul. Em outras situações, uma missão oficial seria algo natural, mas não em meio a uma tensão que pode resultar em guerra.

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    “Nesta circunstância é difícil evitar que essa visita seja interpretada como um gesto de simpatia e até solidariedade com Moscou”, destacou.

    As preocupações se dão em meio à consolidação de forças russas perto da fronteira com a Ucrânia.  De acordo com o Ministério da Defesa ucraniano, há, atualmente, mais de 127.000 soldados russos posicionados perto de seus limites. A Rússia cercou o norte do país vizinho, onde a fronteira é mais desguarnecida, posicionando seu Exército como uma ferradura, cercando a região por três lados, em territórios de Belarus, de quem é aliada.

    O Kremlin é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da Otan e vem alertando que uma confirmação terá consequências graves. Segundo Putin, uma eventual adesão do país vizinho à Otan é uma ameaça não apenas à Rússia, “mas também a todos os países do mundo”. De acordo com ele, uma Ucrânia próxima ao Ocidente pode ocasionar uma guerra para recuperar a Crimeia – território anexado pelo governo russo em 2014 –, levando a um conflito armado. 

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    A Aliança e os Estados Unidos, por sua vez, afirmam que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos 30 aliados e pela própria Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira para preparar um ataque.

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