O FBI e as autoridades do Serviço Secreto disseram aos senadores dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 17, que Thomas Matthew Crooks, jovem de 20 anos que tentou assassinar o ex-presidente Donald Trump durante um comício eleitoral na Pensilvânia, aparentemente publicou uma mensagem em uma plataforma de jogos online em que alertava sobre seus planos para o ataque dias antes do atentado acontecer.
Crooks escreveu, segundo reportado pela mídia americana, no site Steam, a seguinte mensagem: “13 de julho será minha estreia, veja como ela se desenrola”, a data do comício do ex-presidente republicano. A popular plataforma de distribuição de videogames conta com dezenas de milhões de usuários que, além de jogar, se comunicam por lá.
A descoberta foi feita após o FBI conseguir invadir o laptop e o celular do atirador, onde também foram encontradas fotos do presidente americano, Joe Biden, e de Trump, além de imagens de outros políticos americanos, como o líder do Partido Democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, e o presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson. As fotos não estavam relacionadas a mensagens ameaçadoras e pareciam ter sido baixadas da internet, segundo as autoridades.
Investigações em curso
Os investigadores examinaram mensagens de textos, e-mails, redes sociais e históricos de navegação do atirador em busca de pistas que consigam esclarecer os motivos que o teriam levado a cometer o atentado. O histórico de pesquisa dos dispositivos do atirador incluía “Trump”, “Biden” e “quando é a Convenção Nacional do Partido Democrata” e “comício de Trump de 13 de julho”, segundo as principais autoridades de segurança dos Estados Unidos.
As investigações também descobriram que os pais de Crooks ligaram para a polícia horas antes da tentativa de assassinato de Trump, dizendo que o filho estava desaparecido e que estavam preocupados com o seu bem-estar, informou a Fox News. O rifle AR-15, usado pelo jovem no atentado, foi comprado legalmente pelo seu pai em 2013. O tiroteio, além de atingir a orelha do ex-presidente, matou uma pessoa.
Os senadores também foram informados pelo FBI de que Crooks possuía dois telefones celulares. Um deles tinha apenas 27 contatos e os agentes disseram estar coletando depoimentos de todas essas pessoas.
Até o momento, não foram encontradas evidências sobre as motivações do atentado nem conexões com outros indivíduos que poderiam estar envolvidas no complô. Segundo pessoas próximas ao atirador, Crooks nunca foi interessado por política e raramente tocava no assunto.