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A política entrou em campo na Copa na partida entre Suíça e Sérvia

Jogadores de origem kosovar usaram símbolo nacionalista para provocar os sérvios no jogo da segunda rodada do Mundial

Por Da Redação
Atualizado em 22 jun 2018, 19h52 - Publicado em 22 jun 2018, 19h07

A Suíça venceu a Sérvia, por 2 a 1, em duelo da segunda rodada da Copa do Mundo nesta sexta-feira (22). Os responsáveis pelos gols da virada da seleção suíça foram Granit Xhaka e Xherdan Shaqiri.

Na comemoração dos gols, os dois jogares fizeram uma manifestação política em favor de suas origens: com as mãos, imitaram o símbolo da bandeira da Albânia, uma águia negra de duas cabeças.

Copa do Mundo – Sérvia x Suíça
Granit Xhaka comemora após empatar a partida contra a Sérvia, válida pela segunda rodada do grupo E da Copa do Mundo – 22/06/2018 (Clive Rose/Getty Images)

A ação pode ser considerada uma grande provocação pela Sérvia, que luta contra as tentativas de independência do Kosovo, onde a maioria da população é de origem albanesa, há anos.

Xhaka, de 25 anos, nasceu na Suíça, mas seus pais são kosovares. Seu pai foi preso político da Iugoslávia por três anos e meio após participar de manifestações contra o governo comunista da Sérvia.

Seu irmão Taulant joga pela seleção da Albânia, e os dois são muito orgulhosos de suas origens.

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Já Shaqiri, 26, nasceu no Kosovo quando a região ainda fazia parte da antiga Iugoslávia e emigrou com a família para a Suíça em 1992. O meia ostenta duas bandeiras em suas chuteiras na Copa: a da Suíça e a de Kosovo.

Além dos dois goleadores da partida, um terceiro atleta também é de origem kosovar na seleção suíça: Valon Behrami.

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Conflito

As famílias desses atletas se refugiaram na Suíça justamente para escapar da guerra que atingiu a ex-Iugoslávia nos anos 1990.

O Kosovo declarou sua independência da Sérvia de forma unilateral em 2008. Os sérvios, contudo, não reconheceram esse ato e ainda consideram Kosovo como parte do país.

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Rússia, China e Brasil também não reconhecem a independência da região, apesar de mais de 100 países já terem tomado a iniciativa – entre eles a Albânia.

O conflito na região dos Balcãs, contudo, tem raízes bem mais antigas. A região abriga diversas etnias diferentes, como os albaneses, sérvios, croatas, eslovenos, montenegrinos e macedônios, que por muito tempo permaneceram em conflitos também pelas diferenças religiosas.

O Kosovo, especialmente, é uma região onde quase 90% da população é formada de albaneses e muçulmanos.

A Guerra do Kosovo propriamente dita começou após a declaração de independência da Eslovênia, Croácia e Bósnia–Herzegovina em 1991. Os sérvios, então, liderados pelo governo de Slobodan Milosevic, declaram guerra aos insurgentes.

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Após a interferência da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma crise eclodiu na província de Kosovo deflagrada pelos albaneses, com o objetivo de declarar a independência da região e expulsar os sérvios.

Durante o conflito, os Estados Unidos, por meio da Otan, procuraram “administrar” a guerra, patrocinando ataques contra a Iugoslávia. Foram 79 dias de intensos bombardeios

Por fim, Milosevic foi obrigado a aceitar um acordo, que propôs autonomia administrativa e cultural para a província de Kosovo. A região, contudo, continua buscando sua independência total e o tema é motivo de estranhamento entre sérvios e kosovares.

Bandeira da Albânia
Bandeira da Albânia (iStock/Getty Images)
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