Acusada de agressão, primeira-dama do Zimbábue pede imunidade
Mulher do ditador Robert Mugabe tenta escapar de processo judicial na África do Sul. Modelo alegou que foi agredida com uma extensão de tomada
O governo do Zimbábue solicitou imunidade diplomática para a primeira-dama, Grace Mugabe, acusada de agredir uma jovem de 20 anos com uma extensão de tomada em um hotel em Joanesburgo, informou a polícia da África do Sul nesta quarta-feira. Os advogados de Grace e diplomatas do país estão em negociação sobre o trâmite do processo contra a esposa do ditador Robert Mugabe.
Grace foi intimada a prestar depoimento na última terça-feira. Contudo, um porta-voz da polícia confirmou que a mulher do ditador do Zimbábue não se apresentou e que o seu paradeiro era desconhecido.
De acordo com informações do Ministério de Segurança zimbabuano, a primeira-dama não saiu do país depois das acusações, e até mesmo pensou em prestar depoimento em um juizado. Entretanto, de acordo com o órgão oficial, Grace estava acompanhando seu marido em uma reunião de chefes de Estado da Comunidade para o Desenvolvimento da África Meridional (SADC).
Depois do incidente, a África do Sul recebeu uma petição do governo do Zimbábue solicitando a proteção da primeira-dama com imunidade diplomática sob a justificativa de que Grace estava em uma viagem oficial. Se a imunidade for concedida, a primeira-dama não enfrentará qualquer acusação.
Acusação
No último domingo, a modelo Gabriella Engels, de 20 anos, acusou Grace de atacá-la com uma extensão de tomada quando a encontrou ao lado de seus dois filhos em um quarto de hotel. A vítima procurou um hospital para tratar os ferimentos no rosto e na cabeça e depois formalizou a denúncia contra a primeira-dama.
Caso seja confirmada a agressão e negado o pedido de imunidade, um incidente diplomático entre a África do Sul e o Zimbábue pode ser desencadeado. Os países são vizinhos e possuem fortes laços políticos e econômicos.
O ministro de Segurança da África do Sul, Fikile Mbalula, afirmou que vai investigar os fatos. Robert Mugabe, que está no poder no Zimbábue desde 1980, não se pronunciou sobre o ocorrido.
(Com agência EFE)