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Acusado de atentado contra Maduro, deputado da oposição é preso

Governo da Venezuela acusa dezenas de pessoas de envolvimento em ataque

Por Da Redação
Atualizado em 8 ago 2018, 17h37 - Publicado em 8 ago 2018, 10h20

O deputado venezuelano da Assembleia Nacional Juan Requesens foi detido nesta terça-feira 7 por funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), depois que o presidente Nicolás Maduro o acusou de ser “um dos responsáveis” pelo ataque do último sábado.

Além de Requesens, uma dezena de suspeitos foram apontados por Maduro e seu governo como autores da tentativa de assassinato. O partido opositor Primeiro Justiça (PJ) denunciou por meio do Twitter o “sequestro” do parlamentar que milita em suas fileiras, que foi detido em uma zona residencial de Caracas por “catorze funcionários” e “aos tapas”.

Ainda segundo a legenda, a irmã de Requesens e líder estudantil Rafaela Requesens também foi detida nesta quarta 8, mas logo foi solta.

A organização política publicou um vídeo de uma câmera de segurança que mostra o deputado e sua irmã no momento em que foram levados pelo Sebin.

Segundo Maduro, Requesens é “um dos mais loucos e psicopatas” e foi denunciado por outro suspeito envolvido na suposta tentativa de assassinato. A Assembleia Nacional emitiu um comunicado denunciando a detenção arbitrária do deputado. Segundo o documento, a imunidade parlamentar e outros direitos judiciais estabelecidos na Constituição não foram respeitados. O órgão também afirmou que até agora se desconhecem o paradeiro e o estado de saúde de Requesens.

A oposição acusa Maduro de usar o ataque de sábado para perseguir a oposição e aumentar a repressão no pais. Alguns líderes chegaram a afirmar que o presidente forjou o atentado contra seu governo para usá-lo em seu próprio benefício.

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Acusações

O governo da Venezuela divulgou nesta terça 7 vários vídeos apresentados como provas do suposto atentado sofrido no último sábado pelo presidente Nicolás Maduro, que acusa a direita colombiana de estar por trás do ataque.

Maduro chegou até mesmo a afirmar que o agora ex-presidente Juan Manuel Santos planejou a tentativa de assassinato. Santos negou.

O ataque aconteceu durante um ato oficial das Forças em Caracas. Drones carregados com explosivos atacaram as redondezas do local no momento em que Maduro discursava no palco. Sete militares ficaram feridos. Segundo o mandatário, os envolvidos na ação receberam pagamento de 50 milhões de dólares.

De acordo com o governo venezuelano, os autores materiais do atentado “receberam treinamentos sobre o uso de drones e explosivos em uma fazenda chamada Atalanta, no município de Chinácota, departamento de Norte de Santander (Colômbia), “entre abril e junho deste ano”.

Ele também afirmou que os drones continham estilhaços e buscavam provocar “a morte de todas as autoridades presentes no palco presidencial” durante o ato de aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, Polícia militarizada).

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O governo apontou como “possíveis autores intelectuais” Rayder Alexander Russo Márquez, “conhecido como Pico, protegido na Colômbia”, e Osman Alexis Delgado, ambos envolvidos no ataque a um forte venezuelano ocorrido em agosto do ano passado.

A Promotoria venezuelana também divulgou o nome de outros cinco supostos autores do atentado. O líder venezuelano mostrou fotografias de dois sujeitos identificados como Yilber Alberto Escalona e Gregorio José Yaguas, afirmando se tratar de dois “especialistas em explosivos” e pediu aos cidadãos que forneçam qualquer informação sobre o paradeiro deles.

Maduro também apontou o coronel reformado Oswaldo Valentín García como o “chefe dos assassinos” que planejaram matá-lo no último sábado. Em seu discurso, o líder ainda mencionou um oficial de imigração de nome Mauricio Jiménez Pinzón, encarregado, segundo ele, de garantir aos envolvidos o livre trânsito entre a Venezuela e Colômbia.

Maduro disse que alguns dos envolvidos foram presos em flagrante, e que outros alugaram um imóvel durante sete meses em Caracas para realizar este plano. Além disso, afirmou que todos tiveram ligação com os protestos contra o governo em 2014 e 2017.

(Com EFE e Reuters)

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