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Ainda vamos levar 300 anos para alcançar igualdade de gênero, alerta ONU

Novo relatório da ONU Mulheres registrou aumento de casamentos forçados na infância e sequestros de meninas, bem como reversão de direitos sexuais

Por Da Redação
7 mar 2023, 10h06
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  • Secretary-General of the United Nations (UN) Antonio Guterres speaks during the 5th Conference on the Least Developed Countries (LDC5) speaks at fifth United Nations Conference on the Least Developed Countries (LDC5)in Doha, on March 5, 2023. - Leaders from nations mired in a worsening poverty trap will make a new plea for assistance at the summit, battling for world attention against rival disasters. (Photo by KARIM JAAFAR / AFP)
    O chefe das Nações Unidas, António Guterres, disse que 'as estruturas globais não estão funcionando para as mulheres e meninas do mundo'. 05/03/2023 - (Karim Jaafar/AFP)

    O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse na noite desta segunda-feira 6 que a igualdade de gênero está “a 300 anos de distância”, de acordo com as últimas estimativas da ONU Mulheres. Segundo ele, todo o progresso feito na área está “desaparecendo diante de nossos olhos”.

    Em discurso na Comissão sobre a Condição Feminina, antes do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, Guterres citou problemas persistentes como as altas taxas de mortalidade materna, casamentos forçados e precoces e meninas sendo sequestradas e agredidas por frequentar a escola – para ele, evidências de que a esperança de alcançar a igualdade de gênero “está ficando mais distante”.

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    “Os direitos das mulheres estão sendo abusados, ameaçados e violados em todo o mundo”, disse o chefe das Nações Unidas, citando alguns países em particular, como o Afeganistão, onde disse que “mulheres e meninas foram apagadas da vida pública”.

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    Nesta segunda-feira, jovens afegãs se reuniram do lado de fora da Universidade de Cabul para protestar contra a proibição do Talibã à educação feminina, uma restrição que um novo relatório das Nações Unidas diz que pode representar “um crime contra a humanidade”.

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    Sobre o Afeganistão, o relatório apresentado na segunda-feira também observou um aumento de casamentos forçados na infância, a proibição de mulheres em espaços públicos, como parques e academias, e outras restrições ao trânsito de mulheres no país.

    Segundo Guterres, “crises e conflitos afetam mulheres e meninas primeiro e pior”, incluindo a guerra na Ucrânia como exemplo. No ano passado, as Nações Unidas pediram uma investigação sobre relatos de estupro e violência sexual contra mulheres e meninas ucranianas após a invasão da Rússia.

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    O chefe das Nações Unidas também disse que, “em muitos lugares, os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres estão sendo revertidos”, sem especificar onde.

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    Em junho passado, a Suprema Corte dos Estados Unidos reverteu o direito federal ao aborto, deixando a decisão de permitir ou não o procedimento para cada estado. No ano anterior, a Polônia proibiu abortos até em caso de má-formação do feto, praticamente acabando com quase todos os procedimentos no país.

    Para alcançar a igualdade de gênero, Guterres pediu ações “coletivas” e “urgentes”, desde o aumento da educação, renda e emprego para mulheres, especialmente nos países em desenvolvimento do Sul Global.

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    “Séculos de patriarcado, discriminação e estereótipos nocivos criaram uma enorme lacuna de gênero na ciência e na tecnologia”, disse Guterres. “Sejamos claros: as estruturas globais não estão funcionando para as mulheres e meninas do mundo. Eles precisam mudar.”

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