Alemanha prende receptador de diários roubados de John Lennon
Cartas, óculos e outros itens subtraídos em 2006 foram devolvidos a Yoko Ono; material é avaliado em 3,1 milhões de euros
Um homem de 59 anos foi indiciado na Alemanha nesta segunda-feira (12) como suspeito de ter vendido os diários e outros pertences do ex-Beatle John Lennon (1940-1980), que foram roubados em 2006 da casa da viúva do músico, Yoko Ono.
Identificado pela procuradoria somente como Erhan G., o suspeito encarregou uma casa de leilões de Berlim de vender os itens em 2014 e recebeu um pagamento 785.000 euros como adiantamento, disse a procuradoria por meio de comunicado. Erhan foi indiciado por recebimento de bens roubados e conspiração para cometer fraude.
Os itens roubados incluem cartas, uma gravação de um show dos Beatles e um par de óculos de Lennon, assim como o último diário do músico, escrito até 8 de dezembro de 1980, dia em que o compositor e cantor foi morto a tiros em Nova York.
O diários contém uma anotação dizendo que, naquela manhã, Lennon e Ono tiveram um compromisso com a fotógrafa Annie Leibovitz. O retrato resultante de Lennon nu e enrolado em Ono na cama do casal ilustrou a capa de janeiro de 1981 da revista Rolling Stone e tornou-se célebre.
“Documentos adicionais, uma ilustração e outro par de óculos de John Lennon foram encontrados no carro do suspeito”, informou a procuradoria.
A polícia disse suspeitar que os itens foram roubados pelo ex-motorista de Yoko Ono, levados à Turquia e transferidos a Berlim só em 2013 ou 2014. Os objetos foram encontrados pelo administrador de uma casa de leilões falida, que os havia avaliado em 3,1 milhões de euros (13 milhões de reais).
Os itens foram entregues ao advogado de Yoko Ono no dia 21 de setembro de 2018, disse a procuradoria.
(Com Reuters)