Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Mês dos Pais: Revista em casa por 7,50/semana

Aliado de Trump, presidente da Polônia toma posse e acirra disputa com premiê

Karol Nawrocki foi apoiado pelo partido populista de direita Lei e Justiça (PiS), que governou a Polônia até a vitória do primeiro-ministro Donald Tusk

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 ago 2025, 09h55

O conservador Karol Nawrocki tomou posse nesta quarta-feira, 6, como presidente da Polônia. A vitória de Nawrocki, eleito com 50,89% dos votos em junho, é resultado de um giro à direita populista na Europa e representa um desafio para o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, cujo aliado foi derrotado por margem estreita de 1,78%. De um lado, Tusk tenta fortalecer a União Europeia (UE); do outro, Nawrocki é cético dos benefícios do bloco europeu e privilegia a aproximação ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Novato na política, Nawrocki, de 42 anos, é um historiador e boxeador amador que dirigia um instituto nacional de memória. Em sua campanha, ele prometeu garantir que suas políticas econômicas e sociais favorecessem os poloneses ao invés de outras nacionalidades, incluindo os vizinhos na Ucrânia — chegando a receber durante a campanha o apoio de Trump, que sugeriu a possibilidade de laços militares mais estreitos caso ele fosse eleito. 

A corrida eleitoral foi caótica, com direto à troca de farpas entre os candidatos. Nawrocki chegou a ser acusado de comprar uma segunda propriedade de um idoso sob o compromisso de oferecer cuidados a ele, o que não teria sido cumprido. Ele negou as regularidades, mas admitiu ter participado de uma briga organizada entre torcedores de futebol, reforçando a imagem de durão que tentava emplacar.

Nawrocki foi apoiado pelo partido populista de direita Lei e Justiça (PiS), que governou a Polônia até a vitória de Tusk nas eleições parlamentares no final de 2023. O triunfo do conservador foi comemorado por líderes europeus de extrema direita, como a líder do partido francês Reagrupamento Nacional, Marine Le Pen, que definiu a eleição de Nawrocki como uma “boa notícia”, marcando a “rejeição da oligarquia de Bruxelas” que, segundo ela, tenta impor “políticas autoritárias e ambições federalistas… desafiando a vontade democrática”.

+ Sob pressão, primeiro-ministro da Polônia sobrevive a voto de confiança no Parlamento

Tusk x Nawrocki

O novo líder polonês pode causar dor de cabeça a Tusk, acostumado a lidar com a resistência do presidente anterior, Andrzej Duda. Espera-se, no entanto, que Nawrocki seja ainda mais combatido e faça maior uso do veto presidencial. No discurso de posse, ele disse que “a Polônia hoje não está no caminho para o Estado de Direito” e apelou para mudanças constitucionais, além de acusar o governo do premiê de nomear ilegalmente substitutos funcionários escolhidos pelo PiS, depois da derrota eleitoral pela coalizão de Tusk.

Continua após a publicidade

Após as críticas, Tusk prometeu manter a posição de “guardião da constituição”, dobrando a aposta: “Esta não é a primeira vez que, como primeiro-ministro, ouço o discurso de um presidente, no qual seu desejo de exercer os poderes que o primeiro-ministro possui no sistema político polonês é muito evidente”. Parece ser o início de um novo capítulo de embates na história política polonesa.

Enquanto o premiê defende um papel maior da UE da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em questões de defesa do país, o presidente recém-empossado afirma que a aproximação com o bloco e com a principal aliança militar ocidental pode minar as relações com o governo Trump — o republicano, repetidas vezes, criticou a Otan, ameaçou deixar o grupo e não proteger aliados em caso de ataques.

“Os Estados Unidos são, sem dúvida, nosso parceiro prioritário”, disse o porta-voz de Nawrocki, Rafal Leskiewicz.

Continua após a publicidade
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

MELHOR OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 16,90/mês
Apenas 9,90/mês*
OFERTA MÊS DOS PAIS

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.