O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, afirmou, nesta terça-feira 6, que as relações entre os Estados Unidos e o Brasil estão no seu melhor momento.
“A aliança Estados Unidos-Brasil está mais forte do que nunca”, tuítou Bolton, após se reunir em Washington com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo.
Just met with Brazil’s Foreign Minister Araujo at the White House. We discussed mutual support for Venezuela’s Interim President Guaido, including logistics for providing humanitarian assistance for the Venezuelan people. The United States-Brazil alliance is stronger than ever.
— John Bolton (@AmbJohnBolton) February 5, 2019
Bolton foi a primeira autoridade americana a se reunir no final de novembro com o então presidente eleito Bolsonaro, um fervoroso admirador de Trump que não escondeu sua intenção de reorientar a diplomacia brasileira para Washington.
O conselho comentou que, na reunião desta terça-feira, na Casa Branca, conversou com Araújo sobre a situação na Venezuela.
“Nós discutimos o apoio mútuo para o presidente interino da Venezuela (Juan) Guaidó, incluindo a logística para fornecer assistência humanitária ao povo venezuelano”, escreveu Bolton.
Guaidó foi imediatamente reconhecido pelos Estados Unidos e pelo Brasil em 23 de janeiro, quando, na qualidade de chefe da Assembleia Nacional, se autoproclamou presidente depois de considerar que o novo mandato de Maduro, iniciado dez dias antes, foi resultado de eleições fraudulentas e, portanto, “ilegítimo”.
Apoiado por cerca de 40 países que já o reconhecem no cargo, Guaidó redobrou nesta terça-feira sua pressão pela entrada da ajuda humanitária no país, desafiando Maduro, que a considera o início de uma intervenção militar dos EUA.
O governo Trump, que não descarta uma ação armada na Venezuela, ofereceu uma ajuda inicial de 20 milhões de dólares. De acordo com o jornal O Globo, após se reunir com Bolton, Araújo afastou a possibilidade de usar tropas americanas em solo brasileiro para viabilizar a chegada de ajuda à Venezuela.
Segundo o chanceler, para entregar a ajuda humanitária, não são necessárias tropas americanas ou de qualquer outro país. Ele acrescentou que Bolsonaro considera um eventual canal humanitário no contexto de um “esforço para consolidar o processo de transição democrática” na Venezuela.