Análise encontra metanfetamina em doces distribuíd...

Uma instituição de caridade afirmou nesta quarta-feira, 14, que distribuiu balas com altas doses de metanfetamina para pessoas em situação de rua na cidade de Auckland, na Nova Zelândia, sem saber que os doces estavam contaminados.

A presença da substância foi detectada depois que três pessoas passaram mal ao consumir o que eram, basicamente, cristais sólidos de metanfetamina envoltos em embalagens de balas de abacaxi da marca malaia Rinda. Uma análise feita pela New Zealand Drug Foundation, uma organização de pesquisa e informação sobre drogas, apontou que cada doce continha até 300 vezes o nível de metanfetamina que o considerado seguro, sendo potencialmente letais.

As autoridades já recuperaram 16 pacotes contendo de 20 a 30 doces cada, e a polícia local abriu uma investigação criminal para entender o caso.

Posicionamento da fundação

A instituição Auckland City Mission disse que os doces foram uma doação, e que entrou em contato com até 400 pessoas para tentar rastrear a origem da droga.

Oito famílias, incluindo ao menos uma criança, relataram terem consumido o doce desde terça-feira. Ninguém foi hospitalizado por enquanto, segundo a diretora-executiva da instituição de caridade, Helen Robinson. Ela disse que o sabor “repulsivo” fez com que a maioria cuspisse a bala imediatamente.

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A instituição alegou que só aceita doações de alimentos produzidos comercialmente em embalagens seladas e, segundo Robinson, os doces de abacaxi “aparentaram ter esse aspecto quando foram doados”. A diretora-executiva afirmou que a instituição recebeu o produto em algum momento nas últimas seis semanas.

Ben Birks Ang, um porta-voz da fundação, disse que disfarçar drogas como mercadorias é uma técnica comum de contrabando, e mais doces podem ter sido distribuídos por toda a Nova Zelândia. Segundo ele, quando vendidos como metanfetamina, cada doce teria valor de mercado de 1.000 dólares neozelandeses (mais de R$ 3.300 na cotação atual). Como o produto veio de uma doação, ele tirou a conclusão de que não deveria se tratar de um ataque deliberado.

A metanfetamina é uma substância altamente viciante que afeta o sistema nervoso central, levando à sensação de euforia e agitação. A droga assume a forma de um pó cristalino branco, inodoro e de sabor amargo.