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Bolsonaro foi 2º governante a ter post apagado pelo Twitter; 1º foi Maduro

Na semana passada, a rede social deletou tuíte do venezuelano que recomendava 'antídoto' contra vírus. No domingo, brasileiro teve 2 publicações retiradas

Por Da Redação
Atualizado em 30 mar 2020, 13h22 - Publicado em 30 mar 2020, 09h16

O Twitter apagou duas postagens do presidente Jair Bolsonaro na noite deste domingo 29, após violação das normas da rede social. Antes do chefe do Executivo brasileiro, apenas um outro líder mundial havia tido um post excluído pela empresa: Nicolás Maduro, da Venezuela.

A rede social decidiu banir conteúdos que forem contrários à saúde pública, colocando pessoas em risco, durante a pandemia de coronavírus. As mensagens de Bolsonaro continham vídeos de um passeio do presidente pelas ruas do Distrito Federal durante a manhã de hoje. Na caminhada, o líder brasileiro conversou com vendedores de rua e defendeu a reabertura das lojas. Ele disse, inclusive, que pensa em editar um decreto de volta à normalidade.

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As afirmações de Bolsonaro contrariaram a recomendação de isolamento social feita por autoridades de todo o planeta, incluindo do seu próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

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Em nota oficial, o Twitter disse que expandiu em todo mundo suas regras “para abranger conteúdos que forem eventualmente contra informações de saúde pública orientadas por fontes oficiais e possam colocar as pessoas em maior risco de transmitir COVID-19″.

Na semana passada, a rede social já havia banido um tuíte do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em que ele recomendava um suposto “antídoto” caseiro para o coronavírus.

No texto, o líder chavista disse ter recebido alguns artigos “do renomado cientista venezuelano Sirio Quintero” sobre a Covid-19 e compartilhou três documentos com os tais estudos desenvolvidos no país. Um dos documentos apresentava como antídoto uma mistura contendo capim-santo, gengibre, sabugueiro, pimenta do reino, limão e mel de abelha.

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Outras autoridades políticas brasileiras, como o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também tiveram conteúdos removidos pela rede por infringir a mesma normativa.

A política do Twitter de apagar conteúdos prejudiciais à saúde pública foi implantada pela rede social por causa da pandemia de coronavírus, e mudou uma diretriz anterior de não deletar conteúdos de chefes de Estado. Em um texto no blog da empresa em inglês em janeiro de 2018, o Twitter havia defendido que todas as postagens de líderes mundiais são relevantes “por conta de seu grande impacto em nossa sociedade”.

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“Bloquear um líder mundial do Twitter ou remover seus controversos tuítes ocultaria informações importantes que as pessoas deveriam poder ver e debater. Também não silenciaria esse líder, mas certamente dificultaria a discussão necessária em torno de suas palavras e ações”, afirmou a rede social na época.

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