Após 6 meses de guerra, metade dos EUA ainda defende apoio à Ucrânia
Pesquisa Reuters/Ipsos sugere aprovação da política do presidente Biden, apesar das preocupações com a economia e a pior inflação em 40 anos
Uma pesquisa de opinião da Reuters/Ipsos, publicada nesta quarta-feira, 24, mostra que uma pequena maioria, 53%, da população dos Estados Unidos concorda que seu país continuar a apoiar a Ucrânia até que a Rússia seja derrotada.
A pesquisa sugere apoio contínuo à política do presidente Joe Biden de apoiar a Ucrânia, apesar das preocupações com as políticas domésticos na área da economia, que passa pela sua pior inflação em 40 anos.
Enquanto a Ucrânia comemora seu Dia da Independência nesta quarta-feira, o governo Biden anunciou um novo pacote de assistência à segurança de cerca de US$ 3 bilhões, recheado de armas e munições. Até agora, Washington já despejou cerca de US$ 54 bilhões na Ucrânia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu recuperar o território perdido após a invasão de 24 de fevereiro, assim como em incursões anteriores, quando a Rússia anexou a Crimeia em 2014.
Dos 1.005 americanos que participaram da pesquisa online na semana passada, 53% expressaram apoio ao apoio a Kiev “até que todas as forças russas sejam retiradas do território reivindicado pela Ucrânia”. Apenas 18% disseram que se opunham.
Esse apoio veio de ambos os lados do espectro político, embora os eleitores democratas (66%) fossem mais propensos a apoiar a posição do que os republicanos (51%).
Uma pequena maioria, 51%, também apoiou o fornecimento de armas como revólveres e armas antitanque para os militares da Ucrânia, em comparação com 22% que se opuseram. Em pesquisas anteriores, um número maior de americanos apoiou o fornecimento de armas para a Ucrânia, mas não há pesquisas diretamente comparáveis.
De acordo com dados anteriores, houve pouco apoio entre os americanos de todo o espectro político para o envio de soldados dos Estados Unidos para a Ucrânia. Apenas 26% disseram apoiar tal intervenção, mas 43% concordaram em enviar tropas dos Estados Unidos para países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que são vizinhos da Ucrânia, mas não estão em guerra com a Rússia.
A pesquisa tem margem de erro de 3,8 pontos percentuais para mais ou para menos.