Após atacar Beirute, Netanyahu alerta Hezbollah e Líbano a ‘ter cuidado’
Chefe do Hezbollah acusou Israel de usar drone com explosivos em ataque no domingo e ameaçou retaliar
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira, 27, que o líder do movimento xiita libanês Hezbollah, o Líbano e o comandante da força de elite iraniana Quds devem “ter cuidado” com suas palavras e atos.
“Tenham cuidado com o que dizem e, sobretudo, com o que fazem”, advertiu Netanyahu em Jerusalém.
O Hezbollah acusa Israel de atacar com um drone no domingo 25 seu reduto no sul de Beirute e prometeu uma resposta ao “ato de agressão”. O presidente libanês Michel Aoun chamou o ataque de “ato de guerra”.
Nesta segunda-feira 26, o chefe do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, acusou Israel de usar um drone com explosivos em seu ataque e ameaçou retaliar. “Digo ao Exército israelense na fronteira que, a partir desta noite, fique de guarda. Esperem por nós um, dois, três, quatro dias”, disse.
“Sugiro a (Hassan) Nasrallah que se acalme”, respondeu Netanyahu ao líder do movimento xiita libanês nesta terça.
O Hezbollah, considerado por Israel e Estados Unidos uma organização terrorista, é um importante ator político e militar no Líbano, onde tem representação no governo e no Parlamento. Suas forças atuam na Síria em apoio ao regime de Bashar Assad ao lado do Irã, outro inimigo declarado de Israel, desde 2012.
No sábado à noite, Israel anunciou que bombardeou forças iranianas na Síria. O Hezbollah afirmou que um de seus centros de comunicação foi atingido e que dois homens morreram no ataque.
Na segunda-feira, Netanyahu declarou que estava disposto a defender o país “por todos os meios necessários” ante o Irã, que atua, nas palavras do primeiro-ministro israelense, “em várias frentes para cometer ataques mortais contra o Estado de Israel”.
O presidente libanês Michel Aoun disse que seu país tem direito de se defender, comparando os ataques de drones israelenses a uma “declaração de guerra”. O premiê libanês, Saad al-Hariri, fez um apelo para que diplomatas ajudem a evitar uma “escalada perigosa”.
(Com AFP e Reuters)