Após críticas, Obama volta atrás em megafesta de aniversário
Evento teria show exclusivo da banda Pearl Jam para cerca de 475 convidados de peso, mas foi reduzido a familiares e amigos íntimos
O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, que completa 60 anos nesta quarta-feira, 4, voltou atrás nos planos de organizar uma grande festa de aniversário no fim de semana, reduzindo a lista de convidados do evento a apenas parentes e amigos próximos.
O democrata foi alvo de amplas críticas após a imprensa americana revelar que o evento contaria com “centenas de pessoas” na propriedade da família na exclusiva ilha de Martha’s Vineyard, em Massachusetts.
Na lista de cerca de 475 convidados estariam nomes de peso como o ator George Clooney, o diretor de cinema Steven Spielberg e a apresentadora Oprah Winfrey. Além disso, a banda Pearl Jam faria um show particular aos presentes.
A mudança no evento foi confirmada pela porta-voz Hannah Hankins em comunicado publicado pelo jornal The Washington Post. Ela confirmou que os planos iniciais previam mais convidados, mas que a decisão final de reduzir o evento foi tomada “devido à nova expansão da variante Delta na semana passada”.
Na nota, Hankins detalhou que esse evento tinha sido planejado há meses e seguindo todas as recomendações públicas de proteção contra a doença. Todos os convidados precisariam passar por um teste de Covid-19 antes de entrar no local.
Entretanto, com o avanço da variante Delta, “o presidente e a Sra. (Michelle) Obama decidiram reduzir significativamente o evento para incluir apenas a família e os amigos mais próximos”, disse a porta-voz.
Hankins acrescentou que o ex-presidente “aprecia as felicitações de aniversário de outras pessoas a distância e espera vê-las de novo em breve”.
Alguns comentaristas conservadores consideraram Obama hipócrita por planejar a comemoração depois de passar meses pedindo para que os americanos se vacinem e sejam cuidadosos durante a pandemia.
O congressista republicano Jim Jordan ironizou a situação em publicação no Twitter. Segundo ele, “se fosse a festa de aniversário do presidente Trump”, o evento seria denunciado como um “perigoso superpropagador” do vírus.
“Há exceção para as festas das quais participam celebridades liberais endinheiradas?”, disse a líder do Partido Republicano, Ronna McDaniel.
Na terça-feira, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que o atual presidente americano, Joe Biden, não participaria do evento. Ela também disse que “o ex-presidente apoia a vacinação e certamente respeita os conselhos dos especialistas em saúde pública e os aplica”.
Biden, que foi vice de Obama, não comentou a polêmica e nesta quarta-feira usou suas redes sociais para parabenizar o ex-mandatário.
“Parabéns, Barack Obama. Tenho orgulho de te chamar de irmão e amigo, e gratidão pelo seu serviço altruísta à nação”, escreveu o governante, que também compartilhou uma foto de ambos se cumprimentando com as mãos.