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Após Finlândia, Suécia anuncia candidatura formal à Otan

A mudança histórica acaba com mais de 200 anos de neutralidade e não alinhamento militar no país

Por Da Redação
Atualizado em 16 Maio 2022, 17h28 - Publicado em 16 Maio 2022, 11h15

A primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, anunciou nesta segunda-feira, 16, que a Suécia se juntará à Finlândia na adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) após a invasão da Ucrânia pela Rússia. A mudança histórica acaba com mais de 200 anos de neutralidade e não alinhamento militar no país.

A decisão ocorre depois que a vizinha Finlândia anunciou no domingo 15 que também vai se candidatar à aliança militar de 30 países.

“Informaremos à Otan que queremos nos tornar membros da aliança”, disse Andersson. “A Suécia precisa de garantias formais de segurança que vêm com a adesão à Otan.”

Outrora uma potência militar regional, a Suécia evitou alianças militares desde o fim das Guerras Napoleônicas. Como a Finlândia, permaneceu neutra durante a Guerra Fria, mas formou relações mais estreitas com a Otan após o colapso da União Soviética, em 1991. No entanto, a Suécia vai proibir armas nucleares e bases permanentes da Otan em seu solo – condições semelhantes às das vizinhas Noruega e Dinamarca.

O anúncio veio depois que um debate também nesta segunda-feira no Riksdagen, o Parlamento sueco, mostrou que há um grande apoio à adesão à Otan. Dos oito partidos da Suécia, apenas dois menores de esquerda se opuseram.

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No domingo, o partido que governa a Suécia rompeu com a posição de longa data de que a nação deve permanecer neutra, abrindo caminho para o apoio majoritário à adesão à Otan no Parlamento.

Antes da invasão da Rússia na Ucrânia, a população de ambos os países nórdicos era firmemente contra a entrada na Otan, mas isso mudou rapidamente com a guerra.

+ A caminho da extinção, Otan recupera relevância em meio à guerra

O Kremlin alertou repetidamente que a medida teria consequências desestabilizadoras para a segurança na Europa.

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O presidente russo Vladimir Putin disse na segunda-feira que “a expansão da infraestrutura militar neste território obviamente gerará uma reação em resposta”.

Em Helsinque, o líder republicano do Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnell, disse que o Congresso americano apoia a entrada de ambas as nações na aliança militar e espera uma ratificação rápida, com uma votação antes do recesso em agosto. O país é líder da organização.

No entanto, todos os 30 membros atuais da Otan devem entrar em consenso sobre as novas adesões. A Turquia expressou algumas objeções na semana passada, acusando os dois países de apoiar militantes curdos, que o governo turco considera terroristas.

O ministro da Defesa sueco, Peter Hultqvist, disse à emissora pública SVT que uma delegação sueca seria enviada a Ancara para discutir o assunto.

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