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Após medida controversa, confiança em Zelensky atinge pior patamar em meses

Corrupção e a condução da guerra foram citados como os dois principais motivos para a descrença no líder ucraniano, 21% e 20%, respectivamente

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 ago 2025, 17h08

A confiança no presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, despencou para o nível mais baixo em cerca de seis meses após protestos contra uma medida que reduzia o poder de órgãos de anticorrupção, mostrou uma pesquisa do Instituto Internacional de Sociologia de Kiev (KIIS). O levantamento apontou que 58% dos ucranianos confiam em Zelensky, uma queda de 16% em relação à alta registrada em maio. 

“A tendência persistente de queda é um sinal preocupante que exige atenção e decisões ponderadas por parte das autoridades”, disse o diretor executivo do KISS, Anton Grushetsky, em nota.

No final de julho, o Parlamento da Ucrânia aprovou um projeto de lei controverso que efetivamente retirava a independência do Escritório Nacional Anticorrupção, conhecido como Nabu, e da Promotoria Especializada Anticorrupção, chamada de Sapo. A norma concedia novos poderes ao procurador-geral da Ucrânia e facilitava o controle do governo sobre os casos investigados. Em meio a protestos ruidosos pelo país, a medida foi revertida uma semana mais tarde.

A corrupção e a condução da guerra foram citados como os dois principais motivos para a descrença no líder ucraniano, 21% e 20%, respectivamente. A desconfiança já havia ganhado terreno antes das manifestações, mas os atos contra Zelensky “sem dúvida tiveram um impacto” na queda progressiva, afirmou a pesquisa. O menor índice de confiança no presidente desde o início da guerra ocorreu em dezembro de 2024, quando foram registrados 52% pelo KIIS. 

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Giro de 180 graus

O Parlamento da Ucrânia aprovou na última quinta-feira, 31, uma lei que restaura da independência de duas importantes agências anticorrupção, conhecidas como Nabu e Sapo, visando apaziguar a maior crise política do país desde a invasão russa. Foram 331 votos a favor e zero contra o projeto de lei, apresentado por Zelensky na semana anterior, após pressão de milhares de manifestantes nas ruas de Kiev e outras cidades, bem como de altos funcionários europeus.

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Quando a notícia da votação foi divulgada, aplausos irromperam entre a multidão reunida em um parque próximo ao Parlamento na capital, o mais recente de uma série de manifestações, com a presença predominante de jovens ucranianos. A sessão parlamentar foi televisionada pela primeira vez desde 2022, suspendendo a proibição de filmagem por motivos de segurança. Parlamentares da oposição fizeram discursos inflamados criticando Zelensky e a administração presidencial antes da votação.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, reagiu ao resultado da votação nas redes sociais. Ele afirmou que a lei “demonstra uma abordagem baseada em princípios” e que “a Ucrânia está comprometida com reformas e com o combate à corrupção em nosso caminho para a União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan)”, concluindo: “Conseguimos consertar isso”.

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