Um dia após o retorno de Juan Guaidó – autoproclamado presidente interino da Venezuela – ao país, o presidente, Nicolás Maduro, publicou em sua conta no Twitter uma resposta indireta, sem mencionar o opositor, mas sugerindo que pretende se manter no poder.
“O mundo é testemunha excepcional de uma Venezuela que enfrenta as agressões imperiais e segue em frente com dignidade”, dizia a mensagem na rede social. “Continuaremos a manter a bandeira dos povos livres que levantam suas vozes contra a interferência imperial”. O texto foi acompanhado por um vídeo dizendo que “a batalha que está acontecendo pela Venezuela é uma batalha pela humanidade”.
Na segunda-feira 4, Guaidó também foi às redes sociais para se pronunciar, informando que deixara o país para se reunir com líderes de outras nações e formar uma coalizão contra o regime de Maduro. O autoproclamado presidente interino chegou, inclusive, a se encontrar com o presidente brasileiro Jair Bolsonaro – ele já conta com apoio de mais de 50 países, incluindo os Estados Unidos.
Seu retorno à Venezuela foi visto como um enfrentamento ao atual presidente, que havia ameaçado Guaidó de “prestar contas à Justiça” – inclusive com ameaça de prisão – por ter desobedecido uma ordem de não sair do país.