Após saques, África do Sul pode sofrer escassez de combustível e alimentos
Autoridades não conseguem controlar o avanço da violência e saques no país
A África do Sul enfrenta nesta quarta-feira (14) seu sexto dia consecutivo de saques e protestos. Parte da população sul-africana se revoltou após a prisão do ex-presidente Jacob Zuma por corrupção e iniciou uma série de manifestações nas principais cidades do país. Até o momento, 72 pessoas morreram e 1300 foram presas.
Com interrupções na agricultura, indústria e petróleo, além dos saques ao comércio, a população há o temor que haja falta de produtos básicos e combustível. Para piorar a tensão, a polícia do país ainda não conseguiu controlar a situação.
Também foram relatados roubos a clínicas, dificultando o tratamento de pessoas internadas por COVID, e até a vacinação contra a doença foi interrompida, além de acesso a cuidados de saúde básicos, como tirar sangue, tiveram que ser parados.
Os manifestantes se queixam ainda da desigualdade crescente no país desde o fim apartheid, há 27 anos. As províncias de Gauteng e KwaZulu-Natal foram as mais afetadas.
Em Durban, foram registrados incêndios, e uma mãe teve que jogar o filho de um prédio em chamas, incendiado por criminosos, para um grupo de pessoas que estava embaixo e conseguiu segurar o bebê.
Muitos negócios do foram fechados por medo dos ataques, e vários shoppings em Joanesburgo foram evacuados às pressas.