Os advogados de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, pediram nesta quinta-feira, 8, um novo julgamento em um processo civil movido pela escritora E. Jean Carroll, no qual um júri considerou-o culpado de abuso sexual e difamação no mês passado. O político foi condenado a pagar US$ 5 milhões em danos, punição que sua equipe jurídica considera “excessiva”.
Em um processo no tribunal federal de Manhattan, os advogados de Trump disseram que o pagamento de US$ 2 milhões, pelo crime de abuso sexual, foi “excessivo” porque o júri concluiu que Carroll não foi estuprada. Além disso, a conduta que Carroll alegou não causou nenhum “prejuízo mental”.
A equipe do ex-presidente também disse que o segundo pagamento, de US$ 2,7 milhões, pelo crime de difamação, foi “baseado em pura especulação”.
O processo de Carroll, aberto em 2022, acusa Trump de estuprá-la em um provador na loja de departamento de luxo Bergdorf Goodman, em Nova York, em meados da década de 1990. O caso também o acusa de difamá-la por negar que isso tivesse acontecido.
Em 9 de maio, um júri em Nova York deliberou que Trump havia abusado sexualmente de Carroll. Mas, apenas um dia depois da decisão, Trump fez comentários depreciativos sobre ela durante um programa da emissora americana CNN.
Por isso, Carroll voltou ao tribunal para exigir pagamentos “substanciais” por danos adicionais de Trump. Ela apresentou um processo emendado em Manhattan, buscando um adicional de US$ 10 milhões em compensação.
A advogada de Carroll, Roberta Kaplan, disse ao jornal americano The New York Times que os comentários de Trump à CNN “zombaram do veredicto do júri e de nosso sistema de Justiça”.